31 de dez. de 2008

O ano de amanhã

O ano de amanhã é de um querer imaginário. Um falso desejo a ser realizado.
O amanhã a chegar e sua absurda inevitabilidade revela um saudoso ontem a se despedir. Um infinito de pé a se deitar longe do alcance do olhar.
Mas o ano de amanhã é o verdadeiro desejo consumado na esteira do ontem. Tão querido em esperanças que logo se converterá em feitos de feitios memoráveis.
O ontem é choro até a última gota. Cansada e inesgotável. Insportável até o fim raiar. Este ontem, tão eterno em plenitude, ficará como marca indesejada e bem quista.
E o amanhã, novo como papel em branco, inevitável e inconsequente em juventude, já carrega em si uma grisalha felicidade.

23 de dez. de 2008

Já aí

Ei
Você aí,
Tão certa de si:
Um dia vais cair.
E se acontecer a ti,
Não esconda lágrimas a sair,
Nem mude o rosto pra sorrir
Ou fingir.
Saberás, de certo, que enfim
Tens coração e começou a sentir.

20 de dez. de 2008

John

Oposto.
Contrário ao que estava posto.
Montou sua banda quando bandas estavam por fora.
Pediu socorro a alguém quando milhões queriam segurar sua mão.
Sentiu-se perdedor ganhando dinheiro e arrebatando corações.
John estava mal quando dizia-se que estava bem.
Muito mal.
Até o dia em que ficou bem.
Encontrou-se em outro coração.
Perdeu-se em sua musa, sua heroína.
Travou batalhas contra seu melhor amigo
quando pedia a Paz.
Morreu quando todos o queriam
Vivo.

Watching the wheels
People say Im crazy doing what Im doing
Well they give me all kinds of warnings to save me from ruin
When I say that Im o.k. well they look at me kind of strange
Surely youre not happy now you no longer play the game

People say Im lazy dreaming my life away
Well they give me all kinds of advice designed to enlighten me
When I tell them that Im doing fine watching shadows on the wall
Dont you miss the big time boy youre no longer on the ball

Im just sitting here watching the wheels go round and round
I really love to watch them roll
No longer riding on the merry-go-round
I just had to let it go

Ah, people asking questions lost in confusion
Well I tell them theres no problem, only solutions
Well they shake their heads and they look at me as if Ive lost my mind
I tell them theres no hurry
Im just sitting here doing time

Im just sitting here watching the wheels go round and round
I really love to watch them roll
No longer riding on the merry-go-round
I just had to let it go
I just had to let it go
I just had to let it go

leve

Leve leve leve...
Será que você não existe mais?
Ou será que meu coração é grande
Demais para seu tamanho?
Se tivesse que escolher, ficaria com a
Segunda opção...
Leve leve...

18 de dez. de 2008

questão

O que querem de mim?
Mais respostas?
Mais perguntas?
Ou que apenas diga 'sim'?

O que querem do filho?
Um rumo a tomar?
Umas porradas a levar?
Ou apenas um sorriso?

O que querem do irmão?
Mais idade,
menos vaidade,
Ou que apenas diga 'não'?

O que querem do amigo?
Companhia,
Competição,
Ou só compreensão?

O que querem do namorado?
Certeza?
Decisão?
Ou só o que é preciso?

O que quero de mim
Não é dos outros.
Não sou inocente
Nem culpado.
Perdido em tal
Questão
E nem por isso
Preocupado...

"Apertou, toca no Júnior"

Dizem que o brasileiro não tem memória.
Eu tenho! Garanto.
Lembro de ver o Júnior deixando a zaga corinthiana maluca nas semifinais da Libertadores de 99!
Ele e o parceiro Alex infernizando a defesa arqui-rival!
E lembro do Casão comentando: "Galvão, é Júnior e Alex contra rapa", na linguagem boleira.

Me recordo também da passagem pela seleção do Felipão.
Qual palmeirense ou sãopaulino não se lembra, com orgulho, que Júnior foi o melhor em campo nos 5 a 2 contra a Costa Rica?
Deu assistência e até guardou um gol na vitoriosa campanha do Penta, quando era reserva de um igualmente vencedor Roberto Carlos!
Não esqueço, também, da minha indignação ao ver a ausência do lateral na convocação da Copa de 2006. Ele ainda estava em plena forma! Campeão do Mundo com o São Paulo, seis meses antes!

Experiente, Júnior liderou o São Paulo na campanha da Libertadores de 2005!
Atingiu a marca pessoal de dois títulos e dois vice-campeonatos do certame internacional.
Honrou todas as camisas que vestiu. Foi campeão com todas elas!
Com a bola nos pés, foi garçom! E serviu craques como Luizão, Amoroso, Evair...
Sem ela, era referência em campo. É só perguntar para algum ex-companheiro de time e ele dirá: "Apertou, toca no Júnior".

Júnior está se despedindo do São Paulo depois de 197 partidas, um Campeonato Paulista, três Brasileiros, uma Libertadores e um Mundial.
Some-se a isso mais um Baiano, pelo Vitória, outros Paulista, Copa do Brasil e Libertadores, pelo Palmeiras, e a Copa do Mundo, pela Seleção.

O lateral deve voltar a vestir a camisa do Vitória, que o revelou para o futebol.
Depois, vai realizar o sonho de conquistar tudo mesmo.
Para Júnior ainda falta o intermunicipal na Bahia.

Há três anos, o TRI


Mundial é para poucos!
Não falo isso com tom arrogante. Falo como alguém que sabe muito bem o valor desse título!
Cada detalhe ainda está na memória. Cada jogada, cada passe, o gol do Mineiro.
Ah...o gol do Mineiro! Um quadro do Salvador Dalí sendo pintado diante dos meus olhos, em tempo real!
Surreal!
Fora o fato de assistir rodeado de amigos, num lugar que carrega as melhores e as piores memórias que tenho do futebol!
Tão antitético que chega a ser paradoxal!
Depois do título, um futebolzinho inesquecível entre amigos!
A pelada mais leve que joguei na vida!
Ficava repetindo para mim mesmo: "Campeão do Mundo...Campeão do Mundo..."
Sem palavras!

17 de dez. de 2008

Pequena

Várias linhas,
Tantos versos,
Letras de amor
Em tom disperso
São apenas ficção.
Nem verdade
Ou mentira,
Ato falho,
Brincadeira.
Palavras perdidas
De falso peso
E real medida.

16 de dez. de 2008

Ringo

Baterista.
Surrava os pratos,
ditava o ritmo.
Não batia em ninguém,
nem mandava no pedaço.
Alheio a brigas e birras,
deu todas as chances
à paz.
Viveu rindo, o Ringo!
Só precisou de amor e
um pouco de ajuda
dos amigos.
Sabe-se que é
Feliz...

I'm the greatest
When I was a little boy
Way back home in Liverpool,
My mama told me . . . I was great
Then when I was a teenager,
I knew that I had got something going,
All my friends told me . . . I was great
And now I'm a man
A woman took me by the hand
And you know what she told me . . . I was great
I was in the greatest show on earth,
For what it was worth,
Now I'm only thirty-two,
And all I wanna do, is boogaloo.
I looked in the mirror,
I saw my wife and kids,
And you know what they told
me . . . I was great.
Yes, my name is Billy Shears,
You know it has been for so many years,
Now I'm only thirty-two;
And all I wanna do, is boogaloo.
I'm the greatest, and you
better believe it baby.

14 de dez. de 2008

Intenso

Intenso vivo
Intenso é meu coração
E você não viu!

Intenso é meu amor
E você nunca
Sentiu.

Intenso é o que penso,
falo e faço por você
Fiz por você.

Intenso é o que
De mim desconheces.
Do que nunca vai saber

Viciado em ti, viciado por tri

Mais um final de semana sem você e acho que fico louco!


13 de dez. de 2008

Ronaldo

Eis o que disse sobre o Fenômeno no começo do ano, em 15 de fevereiro!
E não mudo palavra sequer:

Força Ronaldo

Que tristeza!
Como se meu time do coração tivesse perdido um campeonato!
Mais um ídolo ferido!
Outro que me desperta os melhores sentimentos pelo meu país.
Pior do que ver Ronaldo jogando mal, é ver Ronaldo não jogando!
Mesmo sabendo de todas as dificuldades que envolvem uma recuperação de uma cirurgia dessas, minha opinião permanece a mesma desde 2002.
Ronaldo pode sim voltar a jogar.
E pode sim, jogar como o craque que foi!
Basta querer.

Aí a história é outra.
Depois da Copa em que Ronaldo foi mais do que herói, o Fenômeno caiu.
A ida para o Real Madrid galático. A triste saída de Felipão da Seleção. A vinda de Parreira. A superexposição na mídia, com casamento em castelo e tatuagem no pulso...
Tudo até a Copa da Alemanha!
Trágico.
A última bela cena que tenho de Ronaldo é dele com o cabelo cascão correndo com os braços e sorriso abertos, os olhos brilhando de felicidade, quase não acreditando em seu próprio renascimento.
Uma tremenda epopéia!

Mas a vida nos traz esses infortúnios.
Ás vezes, por puro azar.
Noutras, por escolhas que fizemos no passado.
Ronaldo não é atleta desde a temporada 2004, quando foi artilheiro do Espanhol.

Mas Ronaldo sabe, melhor do que ninguém, que tem controle de sua própria vida.
Superação é seu segundo nome.
Não por acaso ele sempre será um fenômeno!

Sonho com um dia igual aquele 30 de Junho de 2002!
Força Ronaldo!

12 de dez. de 2008

Rendo-me...

Confesso a dificuldade de postar numa semana dessas!
Muita leveza pra tanto peso.
Muito tempo para pouca idade.
Muitos pensamentos prum fim de ano...

9 de dez. de 2008

Sei


Sei porque vi
Vi porque fui
Fui porque senti
Senti por ter
Coração.
E isso basta!

8 de dez. de 2008

"Aqui tem trabalho"

Foi com essas palavras que Muricy apresentou suas credenciais de treinador no São Paulo.
Depois do clássico contra o Corinthians, pelo Paulistão de 95, quando o time de Muricy, substituindo Telê, levou a maior goleada aplicada pelos alvinegros na história do confronto.
Um 5 a 0 que deixou a cabeça de Muricy inchada.
Na entrevista coletiva, pressionado, Muricy proferiu a frase, se defendendo e defendendo o trabalho de sua comissão técnica.

A torcida tricolor até o conhecia. Tanto como jogador, campeão paulista de 1975 e brasileiro de 1977, como na função de técnico, comandando o expressinho vencedor da Conmebol de 1994.
Mas só naquele dia Muricy apresentava suas cartas.
Até então ele vinha atuando sob o olhar atento de seu Mestre, Telê Santana.
Foi em 1995 que Muricy se viu realizando um sonho. Ser treinador do São Paulo.
A maneira com a qual Muricy assumiu o banco Tricolor não foi das mais felizes, quando Telê sofreu uma isquemia cerebral que o tirou do mundo do futebol.
Infeliz também foi sua saída do clube.
Muricy foi demitido. Obrigado a deixar o clube de seu coração. Enorme coração.
Aquilo doeu. O técnico jurou voltar para finalizar o 'trabalho'

Muricy, brasileiro, rodou o Brasil!
Passou por Guarani, Ituano, Botafogo de Ribeirão, Santa Cruz, Náutico, Figueirense, Internacional, São Caetano...
Nunca colheu desafetos!
Sempre deixou suas marcas por onde passou. Marca de um homem trabalhador. Sério. Sem rodeios!
Pergunte a um torcedor do Náutico, clube onde Muricy é conselheiro vitalício.
Ou a um torcedor do Internacional, resgatado inicialmente por Muricy.
Até o São Caetano deve seu único título de série A a Muricy!

Depois de uma passagem marcante pelo Internacional, quando conseguiu o vice-campeonato nacional e o prêmio de melhor técnico do Brasileirão 2005, Muricy se firmou entre os grandes treinadores do país.
Mas faltava algo.
Muricy sabia que tinha coisas a realizar.
O São Paulo era o objetivo. Ainda mais porque ele já havia recusado um convite quando Leão deixou vago o assento no banco.
Mesmo sem saber das chances de assumir o comando do São Paulo, Muricy decidiu não renovar o contrato com o Internacional. Dizia que precisava descansar e dar mais atenção à família.
Foi quando Paulo Autuori, campeão do Mundo, anunciou em 30 de Dezembro de 2005 que deixaria o São Paulo.
Juvenal Juvêncio, ainda diretor de futebol, não pensou duas vezes.
Nem Muricy.
Chegava o dia de realizar a primeira parte do sonho.

Logo na primeira entrevista, outra frase para a história: "Estou com fome de títulos!"
"Esses jogadores ganharam tudo esse ano, mas eu não vou dar moleza não, porque eu estou com fome!"
E o ano começou bem!
Muricy venceu todos os clássicos do Paulistão, algo que virou marca nessa nova passagem! Entre eles um épico nó tático no Santos de Luxemburgo, no Morumbi, quando uma vitória santista lhes daria o título. 3 a 1, fora o baile...
Alguns tropeços contra times menores, porém, deixou o São Paulo na segunda posição.
Mas na Libertadores o Tricolor continuava empolgando. Em busca do Tetra/Bi.
Guerreiro, o Tricolor encontrava sua cara no mata-mata.
Tirou o Palmeiras mais uma vez da briga.
Sofreu bastante, mas acabou por eliminar o Estudiantes nos penais.
Humilhou o Chivas no México e no Morumbi.

A difícil derrota para o Internacional na final da Libertadores colocou em Muricy outra obsessão.
Libertadores! Ser campeão como o 'Seu Telê', como o Mestre!

Mas mais difícil ainda foi resgatar uma equipe de verdadeiros campeões daquela ressaca moral.
Exigente, o sãopaulino queria título!
E Muricy ainda não tinha saciado sua fome!
O confronto contra o próprio Internacional, no Morumbi, com vitória tricolor por 2 a 0 marcou o começo da arrancada para o primeiro título nacional do São Paulo em após 15 anos!
Cansado e feliz, Muricy comemorou com a torcida!

O ano seguinte carregava uma exigência: título da Libertadores!
Mas o time oscilou muito! A perda de Mineiro, Fabão e Danilo foram determinantes para a demora de Muricy em acertar o time.
No Paulistão, um verdadeiro vexame contra o São Caetano em pleno Morumbi. 4 a 1.
E na Libertadores, outro gaúcho, o Grêmio, entrou na frente.
A eliminação ás vésperas do início do Brasileirão foi traumática.
A imprensa previa a queda de Muricy e anunciava uma intervenção do presidente Juvenal no time que enfrentaria o Goiás no jogo de abertura num vazio e melancólico Morumbi.
E novamente o Tricolor oscilou no começo. Um empate em casa com o Atlético Mineiro deixou Muricy por um fio. Um fio de telefone.
Diretores cochichavam nos vestiário e o nome de Abel Braga corria nos ouvidos de quem estivesse por lá. Até parte da torcida entoava o coro de "burro".
Foi o suficiente para Muricy telefonar para Juvêncio:
-Presidente, se quiserem que eu saia, eu saio. Mas quero ouvir de você!
-Muricy, sou eu quem manda e você fica.
-Tá OK, então!
Nada que dificultasse, porém, o bicampeonato nacional com quatro rodadas de antecipação!
O regime presidencialista garantia o Penta Tricolor!
Penta único!
E Muricy, dessa vez, conquistava o coração do sãopaulino.
A combinação "Olê olê, Telê Telê" e "É Muricy" fortalecia o técnico frente aos exigentes cardeais tricolores.

E 2008 veio.
Veio cheio de erros da diretoria. Uma mudança nas diretrizes de contratação trouxe três garotos-problema.
Um esquentado Fábio Santos, com o aval de Muricy, um problemático Carlos Alberto, a pedido de Marco Aurélio Cunha, e um desacreditado Adriano, sob olhar atento de Juvenal.
Muricy perdeu duas de suas principais referências no meio-campo. O eficiente e experiente Souza e o guerreiro Leandro.
Além dessas, a seleção tratou de 'estragar' o volante fabricado por Muricy, Richarlyson. Dunga tentou transformá-lo em lateral. Em vão.
Entre confrontos com a diretoria, que não admitia os próprios erros, e o receio do novo time do Palmeiras sob a grife Luxe, o Tricolor deixou escapar o insosso, porém apimentado, campeonato paulista.
E em mais um trauma diante de rival brasileiro, o São Paulo foi eliminado da Libertadores no último minuto contra o Fluminense, no Maracanã.
Era demais para a diretoria. Ou parte dela.
A torcida já sabia o que fazer. Ou parte dela.
Enquanto os mesmos cardeais insinuavam a queda do técnico, a pequena torcida continuava indo ao Morumbi para gritar "É Muricy" à espera de uma boa apresentação.
Demorou, mas veio!
Não é preciso descrever a arrancada Tricolor.
Está escrito na História!

E Muricy grava definitivamente seu nome na memória do sãopaulino.
Obssessivo, Muricy vai descansar nas férias. Mas pensando em trabalho!
Pensando em Libertadores!
Repetindo a célebre frase que o tornou Tricampeão brasileiro:
"Aqui tem trabalho"

7 de dez. de 2008

Eu e o Mestri

TRI


41 jogos em 2006, 2007 e 2008
Sou TRI!

Dia de aproveitar o dia...

Para aquele sãopaulino ansioso,
Para aquele pessimista,
Pro fanático otimista,
Aos corneteiros de plantão,
Pra quem vai ao Morumbi,
Pra quem não pode sequer ver,
Pros que cantam e pulam sem parar,
Pros velhos
E novos,
Incrédulos,
Nervosos:

É dia de curtir!
Não apostava no meu time há dois meses. Hoje não tenho nada a perder e tudo a ganhar!
Fases vitoriosas como esta que nos dura desde 2005 não são permanentes!
Gastar belos dias como esse em ansiedades e nervosismos é desperdício!
É dia de vestir a camisa, botar a bandeira na janela e sentir-se feliz!

5 de dez. de 2008

Profecia...

Na primeira rodada do campeonato, vi o Grêmio vencer o São Paulo em pleno Morumbi.
Um jogo ruim do São Paulo, que estava concentrado para o confronto contra o Nacional, pelas oitavas da Libertadores.
Ao sair do estádio, irritado com a comemoração da torcida do Grêmio, proferi a seguinte frase, descontados os prováveis palavrões:
"Vamos ver, então, quem é que vai terminar na frente de quem!"

Não sei porque, mas lembrei disso só hoje...

George

George foi o irmão mais novo.
Deslumbrado, viveu à sombra de gênios.
Imberbe, ingênuo.
Extremamente capaz, se julgava menor.
Menos.
Mas tentou. Tentou sempre.
Várias vezes.
Observou. Calado.
Só sentindo.
Ouvindo.
Fundiu a cuca em linhas próprias.
Tortas elas.
Até quando não se dobrou mais.
Viu para si um nascer do sol.
Descobriu-se em vários.
Pessoas, lugares, acordes.
Percebeu-se único!


All things must pass
Sunrise doesnt last all morning
A cloudburst doesnt last all day
Seems my love is up and has left you with no warning
Its not always going to be this grey

All things must pass
All things must pass away

Sunset doesnt last all evening
A mind can blow those clouds away
After all this, my love is up and must be leaving
Its not always going to be this grey

All things must pass
All things must pass away
All things must pass
None of lifes strings can last
So, I must be on my way
And face another day

Now the darkness only stays the night-time
In the morning it will fade away
Daylight is good at arriving at the right time
Its not always going to be this grey

All things must pass
All things must pass away
All things must pass
All things must pass away

3 de dez. de 2008

Beatles. Como a vida...

Lá se foram dias e dias, páginas e páginas, algumas lágrimas.
Terminei a biografia dos Beatles, de Bob Spitz (Larousse, 982 págs.). Um ano lendo em doses homeopáticas, esperando maturar, aproveitando cada fase da banda, cada acorde, cada letra nova.
Gênios!
Mortais. Lendas.
Cheios de medos e defeitos. Mesmo nos momentos de auge da banda.
Alguns integrantes, e eu não conto quais, viveram seus piores anos de vida pessoal como membros do quarteto.
É surpreendente e emocionante perceber a imensidão humana em figuras como John, Paul, George e Ringo. Um sem número de situações vívidas vividas. Oportunidades jogadas fora. Demonstrações de união e amizade. Ciúmes e mesquinharias.
Dez anos convivendo lado a lado, muitos destes vivendo no olho do furacão que eles próprios alimentaram com a Beatlemania.
Descobertas em grupo. Vivências pessoais. Experiências. Histórias para contar.
Até o rompimento.
Rompimento físico. Nenhum dos quatro, acredito, queria acordar daquele sonho, como definiu um ácido Lennon, em 1970.
Sonho que não acabou.
A prova está aqui. Alguém que não chegou a dividir este mundo com o próprio Lennon, mas que é completamente apaixonado pelo maravilhoso legado dos quatro rapazes de Liverpool.
Vidas amargas.
Vidas doces.
Quanta identificação!
Paul nos sussurrou palavras de sabedoria para uma vida toda: Let it be...

Paul

Paul se perdeu.
Perdeu sua paixão e sua música mostra isso.
Perdeu seu norte, que era os rapazes do norte e suas músicas de mais ao norte.
E note o quanto ele reservou de sua infância e adolescência para os quatro. Os milhões de fãs.
Paul perdeu os gritos e a mania. Sucumbiu por manias próprias. Mania de grandeza, de querer controlar.
Perdeu o controle e seu duelo pessoal. Seu melhor amigo. Maior inimigo. Companheiro.
Morreu de ciúmes.
Viveu no desgosto.
Viveu solo.
E versou sozinho sobre a solidão.

Ever present past
I've got too much on my plate
Don't have no time to be a decent lover
I hope it isn't too late
Searching for the time that has gone so fast
The time that I thought would last
My Ever Present Past

I've got too much on my mind
I think of everything to be discovered
I hope there's something to find
Searching for the time that has gone so fast
The time that I thought would last
My Ever Present Past

The things I think I did
I do, I think I did
The things I think I did
When I was a kid

I couldn't understand a word that they were saying
But still I hung around and took it all in
I wouldn't join in with the games that they were playing
It went by, it went by, in a flash
It flew by, it flew by, in a flash

There's far too much on my plate
Don't have no time to be a decent lover
I hope it's never too late
Searching for the time that has gone so fast
The time that I thought would last
My Ever Present Past

The things I think I did
I do, I think I did
The things I think I did
When I was a kid

The things I think I did
I do, I think I did
The things I think I did
When I was a kid, when I was a kid

?

Deveria te esquecer
Mas
A cada passo pra frente
Meio amor me acompanha
Metade das memórias
Vêm atrás
O dobro do tempo
Me leva pra tirá-la
Do peito da pele fina
E absorvo o desgosto
De não tê-la pra mim
Será?
Será que sempre?
Não vai parar?
Mergulho em dúvida
Me afogo em pranto
E pronto! Mais alguns
Passos. Passo...

2 de dez. de 2008

Má notícia do Planalto...

Para quem pensava em pegar estrada até Brasília e ver o jogo que pode definir o campeão brasileiro de 2008, esqueça.
Compre cervejas, peça uma pizza (combina com Brasília!) e ligue a televisão no Domingo!
Quatrocentos reais é mais dinheiro do que gastei para ir em todos os 21 jogos deste ano!
Estas e outras coisas você só vê aqui, no país do futebol!
Abaixo, vídeo esclarecedor:

29 de nov. de 2008

Podre

É a última tentativa
Duma linha boba
A gravar
Angústia contida.

Mais um erro,
E não me engano:
Deixo pra lá
Esse verso do avesso

Essa estrofe
Sem sentido sem
Ruído cristalino
Sem poética

Largo a métrica
E a rima rica
Ou pobre, burguesa,
nobre ou podre

Um soneto
Mudo
Estático
Impreciso...

28 de nov. de 2008

Aut ori(dade)

"Éé...como a música do Cazuza - o tempo não passa - o tempo não pára..."
6

24 de nov. de 2008

Depois

Tenho medo de 
Ir atrás de ti
Te seguir seu rastro
Em desespero.
Puro despreparo
Nenhum desprezo.
É preciso desapego
Desprendimento.
Ir atrás daquilo
Que resta em frente
Rente a mim
Sem medo.

23 de nov. de 2008

Na hora do intervalo...

...o vice era líder e o líder era vice.
Temi pelo pior.
Injustificado; o tempo mostrou.

A História se aproxima.

Futebol politeísta

Não sei se sou religioso.
Hoje, acho que não.
Mas me vejo como alguém que acredita em Deus.
Me enxergo monoteísta.

Quando se trata de futebol, porém, sou politeísta.
Acredito em vários Deuses da bola. No mínimo dez.
Por quê?
Porque são necessários dez Deuses, no mínimo, para acompanhar a rodada do Campeonato Brasileiro.
Em cada jogo há a sua especificidade, seu tempero. E parece que houve reunião de cúpula entre essas entidades divinas antes do certame começar, para que certos jogos não fossem apenas jogos de futebol.

A única explicação que encontro para estes dois duelos das 17h de hoje é essa: conspiração divina!
Quiseram eles que o Grêmio trombasse com Vágner Mancini, técnico demitido invicto do Olímpico no longínquo mês de Fevereiro!
Em São Januário, trataram de botar o Renato Gaúcho na frente do São Paulo! Pergunte a qualquer sãopaulino sobre o que ele pensa do Renato. E o que ele achou da maneira que o treinador tratou o Tricolor Paulista na Libertadores?
Ah...não será fácil!
Ontem mesmo, outro exemplo que nos faz dar risada da conspiração. Eis que o Coxa já não tinha mais nada a fazer no campeonato. E ao Santos bastava um ponto para escapar da degola.
O Keirrison resolveu jogar tempero até na briga pela artilharia. Tratou de balançar as redes quatro vezes e deixou Kléber Pereira, do próprio Santos, a olhar no retrovisor.*

E antes que se diga apenas depois da rodada, até o Flamengo e Cruzeiro, que parecem fadados a assassinarem-se mutuamente, podem terminar juntos a rodada dentro do G4.
Pois é...não coloco meus cotovelos no fogo pelo Verdão.
Esse Ipatinga, que resolveu bagunçar até com o time mais bagunceiro da temporada 2008, o Sport, não parece tão morto quanto a tabela aponta.

Os Deuses devem estar loucos por futebol!

*Em tempo: somados os três gols que Keirrison fez na Vila Belmiro, no primeiro turno, foram sete(7) gols marcados em cima do mesmo time.
Eu, hein...!

22 de nov. de 2008

suspeito

Suspeito que não conheço,
Não sei nome,
idade,
endereço.

Posição física política
Psicológica
Filo
sofa

Ao que consta, sem registro
Certidão
Voz ou
Rh.

Um nowhere man sem traços,
Existente,
Real
E só.

Sem sombra, sem sombra
De dúvidas!
Apagado,
Pó.

Só resquícios de velho
Vício, certezas
vis
E nó

Suspeito que não vi
E até do que
Suspeito
E só.

19 de nov. de 2008

McCartney, a Imprensa e o Futebol

Certa vez na década de 1960, Paul McCartney, vocalista e baixista dos Beatles, concedeu uma entrevista a uma emissora de televisão britânica e revelou ao repórter, quando perguntado, que havia tomado a droga LSD quatro vezes.
A declaração foi amplamente noticiada e o fato ganhou proporções de um verdadeiro escândalo no Reino Unido.
Ao ouvir a resposta de McCartney, o repórter indagou se o beatle acreditava que sua declaração poderia servir como apologia e encorajamento ao uso de drogas por parte de seus jovens fãs.
Sempre inteligente, Paul ofereceu uma aula de jornalismo.
Disse que quis ser honesto na entrevista e não escondeu a verdade.
"Sim, já tomei LSD umas quatro vezes", afirmou.
Porém, como afirmou Paul na época, se o repórter tivesse receio do impacto daquela notícia na sociedade britânica e especialmente entre os jovens, deveria tomar cuidado ao publicar a notícia. O beatle apontou a responsabilidade da imprensa na venda de seu produto, a notícia.

Sem dúvida, a notícia de que um famoso está envolvido com drogas é um prato cheio para qualquer editor.
Mas McCartney, ao refletir sobre sua polêmica entrevista, mostrou a impossibilidade de tratar a imprensa como veículo neutro.
A imprensa tem que ter responsabilidade com o fato, com a notícia, mas não deve perder de vista o alcance e o impacto que ela própria causa na sociedade.

No futebol a coisa não é diferente.
Quantas vezes um fato não foi amplificado porque vende mais jornal e dá mais audiência?
Praticamente todos os dias vemos isso nas páginas de qualquer jornal ou num programa de merchan qualquer.
Mas tenho achado a imprensa brasileira um pouco descuidada ultimamente.

Seja no caso do gás, quando São Paulo e Palmeiras disputavam a vaga nas finais do Paulistão, seja agora às vésperas do jogo Vasco e São Paulo em São Januário.
Os discursos de técnicos e jogadores são passados de lá pra cá como telefone sem fio por jornalistas e acaba-se criando um clima errado para algo que deve ser apenas um jogo de futebol
É um tal de diz-que-me-disse que não contribui em nada para o futebol.
Cria clima de guerra.
Só para exemplificar, ontem o tal do Eurico deu entrevista enervada sobre o assunto. E destilou veneno contra tudo e todos.
Me pergunto como é possível um jornalista dar voz a uma figura tão repugnante! Além disso, é estúpido associar a própria credibilidade à credibilidade de alguém que não tem nenhuma.
Nisso, tenho que concordar com o homem do merchan: "Se o Eurico disser que Pelé é Rei, vou discordar!"

Não é questão de censurar, mas de dar a devida proporção aos fatos.
Sábio foi Paul na terra dos tablóides!

16 de nov. de 2008

Ainda sem ainda sim ainda não

Passam-se horas dias semanas
Mês.
A resposta que não chega.
Que não sai.
Que daqui não vai sair.
E mais e mais o silêncio fala por si.
Por si se cala.
E menos e menos o peito sente.
Saudade não há.
Saudade não é...

15 de nov. de 2008

Trabalho

-Me admira o esforço do cara...
-É...isso não existe, meu!

14 de nov. de 2008

Seis

Éramos nós dois eu e você
Em passos calmos na areia
Numa conversa adolescente
Por entre silêncios e medos
E ventos da noite quente
Sentados juntos separados
Sem saber em que se apoiar
Inseguranças e ingenuidades
Entre você e eu só o querer
De um beijo no desconhecido

Agora vejo e tudo fez sentido
Dessa noite não esquecerei
Um garoto vivo triunfante
A um palmo da areia elevei
E voei leve até o sono tranquilo

12 de nov. de 2008

Não eu

Cadê minha identidade?
Minha cara que separa
Aquele tanto de mentira
Do pouquinho de verdade?

Aonde foi que parou
A impressão digital?
A tal marca do que sou
E que não sou, afinal?

Sem mudar de assunto,
Curioso, me pergunto:
Qual é a aparência
Da minha imagem-referência?

Deixo barba, cresço cabelo,
Ganho peso, troco roupa,
Não (re)conheço o que vejo.

Angustiado, releio-me inteiro.
Não me enxergo em três cores,
onze amigos, dois amores...

Me perco num espelho
A mirar o desconhecido,
Um famoso indigente
De trejeito parecido.

9 de nov. de 2008

Luxa se esconde

Luxemburgo se esconde atrás de seu passado.
Há anos escuto santistas e palmeirenses, além de alguns saudosistas alvinegros e cruzeirenses, dizerem que Vanderlei Luxemburgo é o melhor técnico do país.
Nesse mesmo período, argumentei o contrário dizendo que havia técnicos em momento melhor. Paulo Autori, Muricy Ramalho, Abel Braga, Mano Menezes.
Afirmei que os investimentos feitos em Luxa e sua comissão não se justificavam em resultados.
E lá vieram os admiradores do manager lembrar de seu pentacampeonato brasileiro.
No que respondi que, em quatro anos, 'Luxe' ganhou apenas um tricampeonato paulista, pouco para tanto investimento e marketing.
Sim, houve a passagem pelo Real, mas a marca da época foi do Barça e de Ronaldinho.

Hoje, Luxemburgo comprovou o que seus admiradores bradam por aí.
Ao descer para a entrevista coletiva após a partida decepcionante contra o Grêmio, o técnico 'comentou' que estava tudo nos conformes com o Projeto.
Escavou em seu passado, brilhante, diga-se, as temporadas 93-94 da Era Parmalat, cujo projeto se iniciara em 92, disse.
Ora, Luxa! Você realmente acha que alguém vai cair nessa?!
Em 11 meses de Verdão, esse Projeto nunca fora mencionado. E por quê? Porque os planos eram e sempre foram os títulos mais importantes. Paulistão, Copa do Brasil e, especialmente, Brasileirão.
Os palmeirenses e nem ninguém engolirá o passado de Luxe.
Libertadores, nesta altura do campeonato, deveria ser pouco.
Mas, pelo "projeto", será bastante. Demais até!

Já escrevi sobre isso. Mas Luxe não tem o mesmo tesão pela profissão que o técnico do líder. E nem mais que os outros técnicos na briga pelo título.
Vanderlei se esconde em seu passado para manter a valiosa grife.
Grife que teve até 'propaganda' em horário nobre global.
Os 'consumidores' devem estar insatisfeitos.

Canindépico!

Ontem foi a minha segunda vez no Canindé!

A primeira foi num jogaço do Paulistão de 2000.
Era um quadrangular semifinal, ou seja, os dois melhores classificados de dois grupos estariam nas semifinais do certame.
A semifinal foi óbvia, com o quarteto lutando pelo título, mas não foi fácil para o Tricolor chegar lá.
Precisando vencer a Lusa em seus domínios, o São Paulo disputava uma vaga também com Santos e Guarani.
França abriu o placar.
A Lusa virou a partida e segurou até quase o fim, quando o Tricolor desencantou e virou.
França fez três gols, um deles antológico e inesquecível! Uma bola cruzada alta dentro da área, do lado esquerdo. O matador pegou de chapa, seco e certeiro, inalcançável para o goleiro Fabiano. A bola foi encaçapada na rede lateral do gol luso!
Jamais vou me esquecer desse gol e da minha euforia ao sair do Canindé.

Ontem, mais um jogo épico em território português!
3 a 2 aos 43 do segundo tempo!
Saí eufórico das arquibancadas e adorei a experiência de ir de metrô ao Estádio!
(Mais sobre isso em outro post...)
Um time com a cara de Muricy!
E discreto. Muito discreto.
Lá se foi mais uma rodada!
Hoje é acompanhar o arranca-rabo ali de baixo...

7 de nov. de 2008

Timbre do presidente

Acompanhei atentamente os dicursos de Obama para o público.
Seja em Chicago ou em Nova York, o presidente eleito tem um dom incrível.
Uma espantosa capacidade de se fazer ouvir, de fisgar o público em cada palavra e pausa em seus discursos.
Messiânico, Obama faz o olho do espectador brilhar.

Mais do que palavras bem selecionadas, frases de efeito como "Yes, we can!", repetidas em coro pelos ouvintes, ou pausas para um sorriso e troca de olhares significativos com o público, Obama tem algo que qualquer líder desejaria ter.
Algo que pode passar imperceptível, de tão discreto.
Barack Obama tem um timbre de voz avassalador!
Uma voz que ressoa em nossos ouvidos e reverbera até o coração.

6 de nov. de 2008

Melancia no pescoço

Tem técnico de time por aí que quer aparecer...
Pois bem...vamos comendo pelas beiradas...do jeito de sempre.
Sem comentários!

Sobre eu e você

Me deixa sonhar*,
Tirar os pés do chão,
Pirar num desejo louco,
Duma utopia possível.

Me deixa ver o mundo à minha maneira.
Botar os óculos do otimismo e sorrir sozinho.
Deixa eu cantar e desafinar.
Desafiar a ordem vigente sem sentir-me vigiado.

Me livra dos grilhões do amanhã
Da pena que pune e me põe mal.
Deixa ver o mundo com cores mil,
Da paz branca à negra mudança.

Me deixar ouvir o coro uníssono
De espírito colorido e massa heterogênea,
Dizendo que posso, que podemos!
Me dá sua mão, voe um pouco, verse e varie a vida.

5 de nov. de 2008

Vivendo o sonho...

Por volta de cinquenta anos atrás, uma negra chamada Rosa Parks recusou-se a se retirar do assento de um ônibus que segregava negros a uma área reservada nos fundos do veículo.
Rosa Parks, cansada, queria apenas o mesmo direito de permanecer sentada, já que os "assentos negros" estavam todos ocupados.

Pouco tempo mais tarde, um sonhador chamado Martin Luther King vislumbrou um mundo em que crianças, negras e brancas, não importa, convivessem juntos sem que a quantidade de melanina em suas peles fosse determinante para a posição deles na sociedade.

Hoje, dia 5 de Novembro de 2008, os Estados Unidos elegeram Barack Obama, seu primeiro presidente negro da história.
O 44º da tradicional democracia norte-americana.

Mais do que isso, o que deve ser celebrado é a possibilidade de derrubar o racismo, ainda presente em todos os cantos do planeta. Os Estados Unidos, por sua posição central no cenário internacional, estão enviando uma mensagem importante para além de suas fronteiras.

Mais do que o término de uma administração enraizada na idade média, preocupada em encher os bolsos com dólares sujos de sangue e petróleo, o que deve ser comemorado é a capacidade de renovação e reciclagem da democracia norte-americana.
Mais uma vez, os Estados Unidos são pioneiros, vanguardistas.

O dia é histórico porque renova, faz renascer no mundo uma esperança por algo melhor que um país mergulhado em guerras e crises econômicas.
Foi apenas uma eleição de um presidente de um país em questão, se olharmos no macro. Mas representa esperança, essa palavra que costuma trazer consigo trabalho, vontade, força. Mas também frustração, surpresa, caso o trabalho não seja feito.

Se antes o meu desejo e de muitos era que os Estados Unidos "tirassem férias" do mundo e desaparecessem por uns tempos, agora o que se espera é o renascimento de um país carismático, com um povo que tem características tão admiráveis quanto qualquer outro.

30 de out. de 2008

Experiência...

Ah, quanta ingenuidade!
E que ingenuidade boa, eu diria!
Lá em setembro, falei, com pesar, que o Palmeiras seria campeão brasileiro.
Ledo engano. Erro crasso!
Não é que meu time é líder? Só perde em número de vitórias para o Grêmio!
Ah, Muricy, quantas vezes você vai resgatar o Tricolor da modorra e levá-lo à glória?
Jogo fora minha pretensa experiência em pontos corridos e passo apenas a torcer.
Torcer muito...

Rumo

Tiro da frente
Aquilo que não importa.
Polui a imaginação
E entorta a visão.
Distrai da verdade,
Confunde o coração.

Fiz curva na vista
Olho claro e consciente
Naquilo lá na frente,
Algo puro e cristalino.
Não é escolha
Nem destino.

É a vida que reserva,
Num abraço que me leva
Pra lá.
Longe daqui da minha mão,
E colado no coração.

29 de out. de 2008

Diós, el Entrenador

El Pibe, Diego Maradona é o novo técnico da Argentina!
Mas já haviam antecipado.

27 de out. de 2008

Sem resposta

Calado, no meu canto
Te deixo sem resposta.
Sem palavras inexatas
Que mal compreenderás...

Não virão de mim
As linhas que espera.
Nem mesmo desculpa sincera
Que atina no coração.

Meu silêncio, já te afirmei,
É meu e de mais ninguém.
Não procure em mim abertura,
Sua presença aqui é só tortura.

Fecho a boca na tristeza,
E dessa vez tenha a certeza,
Não busco em ti outra amiga.
É amor. Ou senão é briga...

Assim ficamos então,
Feridos de paixão do passado,
De amores não cicatrizados,
Ouvindo o silêncio que diz: 'não'

24 de out. de 2008

Crônica de um irmão mais velho

Nunca tive irmão mais novo.
Tenho vários mais velhos, mas sempre me faltou um menor!
Ontem, por essas coisas boas que só o time do coração proporciona, exercitei minha 'mais-velhice'.
Dois grandes amigos meus, irmãos entre si, companheiros de arquibancada, perderam um a companhia do outro.
O mais velho, amigo de longa data, voôu para fora do Brasil e ficará distante por uma temporada. Saudades apertam!
O mais novo, que virou amigo entre tantos e tantos gritos de gol, ficou por aqui com a agradável obrigação de manter a tradição de acompanhar o tricolor nas arquibancadas.
Ele tem doze anos!

Fomos ao jogo. Eu, três amigos, um irmão mais velho e outro "irmão mais novo".
Fiquei lembrando dos meus doze anos como sãopaulino.

É uma tremenda lacuna na minha infância o fato de não ter frequentado o estádio.
Os tempos eram, quem diria, mais perigosos que hoje. Meus irmãos não poderiam arcar com a responsabilidade de cuidar de mim em tempos tão perigosos, dominados pelas violentas torcidas organizadas!
É só ver o quanto o público diminuiu nessa época.
Meu pai também não queria me expor.
A culpa não é deles. Todos são apaixonados pelo calor das arquibancadas!
O jeito foi compensar essa lacuna com uma overdose de futebol desde que conquistei minha independência, aos 17 anos.
Desde então, são mais de 110 partidas num estádio de futebol!

Foi inevitável, ao acompanhar o garoto, me sentir irmão mais velho.
Afinal, fui eu quem o convidou. E ele dificilmente iria ao estádio sem seu irmão de fato acompanhando!
E fomos! Torcemos como sempre, sofremos como de costume, vencemos como por tradição.
A chuva é que foi atípica!
Ficamos eu e o irmão mais novo sem capa de chuva, tiritando os dentes e esperando o gol da virada, da vitória. O gol para pular, gritar e esquentar o corpo!

O gol saiu!
Nosso time luta pelo título!
Jogo terminado, seguimos até o carro debaixo do aguaceiro, que teimava em cair.
Trocando palavras sobre o jogo, sobre o campeonato, sobre a falta que faz o irmão, a falta que faz o amigo!
Garoto esperto!

Não sei dele, mas foi legal demais acompanhar um irmão mais novo no Morumbi!
E, de um jeito ou de outro, pude compensar a lacuna existente nas minhas memórias de infância proporcionando ao garoto a ida ao Morumbi num jogo épico!
Ele e eu temos história pra contar...
Mas sentimos a falta do irmão distante!

Murundu-obi

Essa casa é minha!
Você tentou roubá-la de mim.
Tentou enfeitá-la com suas bandeiras e rituais.
Pisou nela como se fosse sua e quis mudar a língua local.
Mas não! Oh, não!
A casa é minha.
Cada canto com seu conto.
Cada dia uma memória.
E em cada qual, uma, duas, milhões de emoções!
Porque nela me reconheço.
Enxergo-me nos outros.
Me vejo algo novo.
Porque essa casa é minha!
Minha e de outros!
Nunca será sua.
Nem que pise, grite, pule feito louco.
Essa casa é meu coração.
Para o qual você não tem chave.

22 de out. de 2008

Ode ao Brasileirão em números

56, 55, 55, 53, 52

8 x 3=24

2,1,4,5,5 --- 8...7...6...5...4...3...2...1---> 3?,2?,5?,6?,6?

?

Moças minhas

Sempre haverá enfim
De tanto querê-las pra mim
Minhas moças sempre lindas
De paixões nunca findas

Essas mil e uma qu'eu amo
Jamais saberão ou sim
O quanto de amor eu dei
Por tanto que as quis pra mim

Se são minhas ou
De outros, prefiro
Não ver pra crer. Contanto que
Não esqueça, por um dia
Ou outra hora,
Que a dor que vai embora
Traz consigo outra delas.

Essas moças moças minhas
Com meu carinho beijo abraço
Que faço e desfaço amar
Não saberão ou não
Tanto amor desse coração.

Defeito

Do carinho que machuca
De um beijo que incomoda
Do abraço que repele
Dos olhares que só cegam
Das palavras que confundem
Do silêncio que é gritante
De amores sem sentido
Meus defeitos que (lhe) convêm...

19 de out. de 2008

Decisão

Inescapável!
Gosto desses dias. Aprendi a admirá-los com o tempo!
Frio na barriga, lembranças, projeções...
Ou vai ou racha!
Vai, Tricolor!

Invasão

Pensamento invasivo que enche o saco e chega sem noção ou aviso.
Pensamento invasivo que quero evadir daqui do coração.
Que não sabe o que querer.
Que escorre sem saber...

15 de out. de 2008

Flores e gentilezas

Engraçada a brincadeira que torcedores do palmeiras fizeram ontem no CT do São Paulo.
Lá pelas 17h, um entregador de flores apareceu na porta do CT com uma encomenda de rosas endereçada à assessoria do São Paulo.
Uma pena que o diretor tricolor Leco não tenha sabido responder à altura.
Irritado, ele deve ter cumprido o objetivo inicial da torcida palmeirense ao fazer a provocação.
Se fosse eu, teria respondido com a mesma moeda.
Fino e discreto.
Mas o futebol, como disse Muricy, está chato e birrento!
Cheio de melindres e pimentas!

Minha resposta seria esta, não é, fregueses:

14 de out. de 2008

Divã ou Mesa Cirúrgica

Olhe bem pra mim
Mexa em tudo o que quiser
Abra minha cabeça
E antes que se esqueça
Mude tudo de lugar

Ponha o coração nos olhos
Dê às tripas pulsação
Pro meu cérebro digerir

Enquanto sou todo ouvidos
Daqui não sairei
Sem pernas pés braços mãos
E da boca que olvidei

Fora as costas, fora a bunda
Já não sinto que não sento
E nem se sou corcunda

Sou só alma e sentimento
De mim perdi noção
Sem memória sem moral
Já não verso sem pulmão
Fiz lavagem cerebral

13 de out. de 2008

Tempero - 2

Certa vez, quando estava na quinta série, o São Paulo perdeu para o Palmeiras por 2 a 1.
Acho que foi no Palestra e, se não me engano, o gol do São Paulo foi de bicicleta do Aristizábal.
Tenho certeza que peguei birra do Palmeiras no dia seguinte, quando fiquei ouvindo de um grande amigo: "É dois a um....É dois a um....é dois a um!"
Foram vinte e cinco minutos ininterruptos ouvindo o placar sendo repetido. E o pior é que estávamos os dois numa partida de futebol. Talvez até no mesmo time!
Ainda somos amigos e hoje nos provocamos menos, mas para mim, tudo começou ali...

12 de out. de 2008

Ah, Mengo!

Recorde de público, necessidade de vencer para voltar ao G4, moral depois da vitória nos Aflitos...
Deu Galo 3 a 1!
Vai custar caro...
São Paulo agradece.

11 de out. de 2008

Cartola 100

Singela homenagem ao sambista e poeta Cartola, que completaria cem anos hoje!
Não há samba de melhor qualidade!

10 de out. de 2008

Tempero

Admito, o grande rival da minha vida não é o Corinthians.
É o Palmeiras!
Comecei a gostar de futebol numa época descendente do São Paulo. Época de vacas magras, como familiarmente defino o período 94-2004 do Tricolor.
Mais do que isso, cresci ao lado de amigos palmeirenses, que não perdoavam a freguesia do São Paulo para o Palmeiras.
Inesquecível o dia em que, surpreso, recebi a notícia de que meu São Paulo havia goleado o Palmeiras e iria disputar o título paulista de 97 com o Corinthians. Perdemos no final, mas até onde minha memória vai, aquela foi a primeira vez que meu São Paulo havia vencido a equipe do Palestra Itália.
Também me lembro da semifinal do Paulistão 98, quando eliminamos o Verdão no dia do meu aniversário! Denílson, hoje no Palmeiras, deu um show em cima de Júnior, hoje no São Paulo.

E foram tantas as vezes que vesti outras cores contra o Palmeiras!
Até 99, apesar das duas semifinais estaduais, me considerei um freguês do Palmeiras e achava que aquele tempo jamais passaria. Mas futebol é como a vida!

E ano vai, ano vem, lembro de vitórias clássicas e derrotas esquecíveis.
Menciono a Libertadores de 2005, marcante para qualquer Sãopaulino, e os famosos chapéus do Alex, na primeira fase do Rio-SP de 2002 (mais tarde, no mesmo torneio, eliminamos o Verdão).

Este ano, fomos eliminados do Paulistão e ainda guardamos na garganta a goleada por 4 a 1 no Domingo de páscoa.
No primeiro turno, no Morumbi, São Paulo 2 a 1.
Veremos o que acontecerá na próxima rodada, no Palestra Itália.
Será jogo de parar a cidade!

A seguir, vídeos dos jogos mencionados.
E continuarei postando outros vídeos para refrescar a memória até Domingo, dia 19!
A narração do Silvério é, sem dúvida, espetacular!

Palmeiras 0 x 1 São Paulo - Palestra Itália - Libertadores 2005


São Paulo 2 x 4 Palmeiras - Morumbi - Rio-SP 2002

8 de out. de 2008

Tijolo com tijolo

À procura de algo sólido...

6 de out. de 2008

Ponto Final

Pra você não faço mais poesia
Decici acabar com a hipocrisia
De alimentar uma vontade que não sacia
De viver de amor que só ilusões cria

Pra dizer que você não é mais minha
Coloco aqui uma última estrofe
Um último suspiro do coração que já não sofre
E por você não desenha mais uma linha.

5 de out. de 2008

Rodada de Gigantes!

Sobre a rodada de ontem, acho que foi a mais divertida que já acompanhei em seis anos de pontos corridos!
Não necessariamente pelos confrontos, já que apenas Grêmio x Botafogo era 'mais robusto' que os outros, Náutico x Flamengo, Ipatinga x São Paulo, Palmeiras x Atlético-MG e Cruzeiro x Sport.
O interessante foi que não houve confronto direto entre as equipes que lideram.
E todas venceram!
Além do jogo do meu tricolor, assisti à partida do Santos e zapeei entre Inter x Coxa e Vasco e Figueira. Ou seja, acompanhei com bastante atenção praticamente todos os jogos! E todos tinham seu tempero específico!

Sobre os cinco da ponta, acho que a vitória mais significativa foi a do Flamengo nos Aflitos.
Caio Júnior não conseguia esconder o sorriso do rosto depois do jogo, ainda no gramado.
Pudera, o Mengo tem três partidas seguidas no Maracanã, sendo a segunda contra o Vasco, que luta contra a segunda!
Ainda não mudei minha perspectiva sobre o final do campeonato (como se fosse pressuposto que vou mudar!), mas enxergo o Flamengo como uma equipe realmente dentro da briga. Mais que todas as outras.
Vai dar dores de cabeça ao Palmeiras!

O Cruzeiro tem tudo para ganhar os próximos dois jogos, contra os conterrâneos no Mineirão.

O São Paulo precisar provar algumas coisas. Náutico no Morumbi é coluna um seco! Não se pode considerar outra coisa.
Depois vem o clássico que define o campeonato. Ou não!
A questão é que, se vencer o Palmeiras no Palestra Itália, o Tricolor terá moral de sobra para alcançar o hexa.
Se perder, é certo, mais certo ainda, de que o Verdão chegará ao título.
O empate será mais um sorriso no rosto de Caio Júnior.

O Grêmio está vivo. Setembro passou.

O Palmeiras, favorito, depende da competência com a qual disputará os confrontos diretos. Tem o Flamengo fora de casa na antepenúltima rodada.

Uma coisa é certa: vai sair faísca!

4 de out. de 2008

São Paulo x Flamengo - Supercopa 1993

Assisti a este vídeo ontem!
É simplesmente espetacular. O resultado final nem importa, dada a grandeza das partidas!
Um pouco de nostalgia não faz mal a ninguém!


Fichas Técnicas:
17/11/93 Flamengo 2x2 São Paulo - Maracanã
Flamengo: Gilmar, Charles Guerreiro, Júnior Baiano, Rogério e Marcos Adriano; Fabinho, Marquinhos, Casagrande (Gélson) e Nélio; Marcelinho e Renato Gaúcho (Piá). T: Júnior
São Paulo: Zetti, Cafu, Válber, Ronaldo e André Luiz; Doriva, Toninho Cerezo (Valdeir), Leonardo e Dinho; Müller e Palhinha (Juninho) T: Telê Santana
Juiz: Márcio Rezende de Freitas
Gols: Leonardo (15'), Marquinhos (33'), Marquinhos (46') e Juninho (86')

24/11/93 São Paulo 2x2 Flamengo (5 x 4) - Morumbi - 65.355 Pagantes
Flamengo: Gilmar, Charles Guerreiro, Gélson, Rogério e Marcos Adriano; Fabinho, Marquinhos, Marcelinho e Nélio; Renato Gaúcho (Éder Lopes) e Casagrande (Magno). T: Júnior
São Paulo: Zetti, Cafu, Válber, Ronaldo e André Luiz; Doriva, Toninho Cerezo (Juninho), Leonardo e Dinho; Müller e Palhinha (Guilherme) T: Telê Santana
Juiz: Renato Marsiglia
Gols: Renato Gaúcho (9'), Leonardo (61'), Juninho (79') e Marquinhos (81').

2 de out. de 2008

Museu do Futebol

Queria ser alvi-negro ou rubro-negro,

Lusitano ou palestrino.

Quis ser celestial, colorado e tricolor!

Sonhei sorrir feito Leônidas, pedalar como Robinho e vice-versa.

Dei socos no ar, apontei o dedo ao céu e falei que era 'o cara'.

Chorei maracanazzo e Sarriá.

Marquei Mané e Canhoteiro.

Falhei...

Vesti a 10 da Marta.

Assinei Nélson Rodrigues no jornal.

Quis ser a mão de Deus, o pé do anjo, a barriga do gaúcho.

Fui mestre e fui divino.

Galinho e Rei.

Sou peladeiro, boleiro e até juiz.

Queria ser o Maracanã! A geral do Maracanã!

Quis ser negro.

Quis ser branco.

Goleiro e ponta-esquerda.

Quis ser a Jules Rimet!

Adorei ser brasileiro!

Ontem, eu fui bola!

Fui ao Museu do Futebol!

Fuga

Queria fugir de mim
Sair correndo por aí
Deitar o passado no caminho
Largando dores e amores
Queria esquecer quem sou
Porque hoje só sou ao seu lado
Um alguém inexistente
Choro e riso sem alma
Queria largar esse peso
Me perder em rota alternativa
Num vazio de outro coração
No calor de outro ninguém
Queria perder meus versos
Virar-me do avesso
Desconhecer-me no espelho
Olvidar meu reflexo

Amanhã

Para que o hoje, que já é amanhã, não fique sem um post, versos:

Amanhã é dia de lembrar
Amanhã é dia de esquecer
Dos gritos que um dia brandi
Do aperto que me acometeu

O dia que surgirá
Trará consigo coisas outras
Que não raiva e sofrimento
Que sim fanatismo e paixão

O dia que vier
Será para viver
Eterno grito de gol

Dia de amor eterno
Que não se perde.
Nem derrota.

29 de set. de 2008

Retrovisor

-...tá. Entre nós. Você não achou o cara mais empolgado que nas outras partidas?
-Achei. Aí tem coisa. Deve ser vontade de hexa.
-é...

Índice Brasileirão

A crise financeira impulsionada pelo mercado norte-americano parece estar influenciando a tabela do Brasileirão.
Depois de Cruzeiro, Flamengo e Grêmio, o Palmeiras aproveitou as oscilações externas e tomou a dianteira. O novo líder lutará, agora, para manter a ponta tendo que passar pela turbulência de três concorrentes diretos pelo caneco!
Não será tarefa fácil a onze rodadas do término do certame.

Cabeça cheia

A cabeça anda cheia demais.
É muita coisa que penso e que penso que ainda terei que pensar!
Confuso, não?!
Memórias que desejaria despejar numa lixeira.
Expectativas que o coração teima em criar. E a cabeça em reforçar!
É uma semana atrás da outra. Ou melhor, uma na frente da outra. Transpondo montanhas de pensamentos.
Num dia, ou numa hora, vem aquele bom humor. Isso por saber que a cabeça pensa, mas pensa com direção. Prática, pragmática e necessária!
Noutra, uma rasteira rápida que traz lágrimas ou mau humor!
Tudo normal!
O tempo acaba funcionando pra todas as coisas. As memórias vão sendo despejadas aos poucos. Ou o coração acaba por sentir menos o efeito delas.
As decisões vão sendo tomadas com calma. Velocidade sem pressa.
A cabeça e o coração chegam num ponto de equilíbrio. Lágrimas e mau humor ganham sentido.
Tudo quando se está sentindo...

Torço?

O que não faz uma rodada de campeonato, hein?
Pela diferença, eu até acredito. E bastante!
Mas ainda mantenho minha opinião do Domingo passado.
Ainda assim, continuo frequentando o estádio para ver ao vivo!

26 de set. de 2008

Iemanjá

Mais do que seu beijo,
Procurei seu abraço.
Mais do que sua compreensão,
Pedi seu carinho.
Mais do que suas lágrimas,
Busquei seu sorriso.
Mais do que um suspiro,
Quis um sonho.
Mais do que sempre,
Queria hoje.
Mais do que ontem,
Desejava nunca.
Mais que seu amor,
Quis você.

Onze

Amigo é aquilo que a gente convive, vê, sente, vive, pensa, entende, não entende, aprende, desentende, briga, conversa, cerveja, futebol, lembra, trai, não trai, traz, leva, ri, chora, treta, discute, estoura, churrasco, mentira, verdade, acredita, desacredita, credita, confia, abraça,odeia, ama...
Mais uma das noites que me fazem pensar neles...
abraço

24 de set. de 2008

Olho no olho

Não quero você como tudo...
...como tudo na minha vida.
Te quero diferente. Especial.
Te quero igual.

Não quero você como o todo...
...o todo da minha vida.
Te quero como parte.
Que me preenche o vazio por ti
E muito. E pouco. E só.

Não quero de você o bastante.
Porque o bastante é demais.
Mas te quero por inteiro.
Inteira.

Não quero que se multiplique
Pra me carregar.
Nem que se divida
Como dose medicinal.
Te quero inteira e igual.

Não quero você lá
estando aqui.
Nem aqui
estando lá.
Quero você no seu tempo,
No seu espaço.

Não te quero vertical.
Nem acima nem abaixo.
Quero você olho no olho.
Horizontal.

Segredo

Queria te contar um segredo
Mas você saiu por aí.
Andando e pensando e fingindo tudo saber.
Não sabia e nem vai [saber].
Aquele [segredo] morreu debaixo do ponteiro do relógio,
Se escondeu nas folhas do calendário,
Foi expulso do peito que pulsa. E pulsa.
Escorreu feito lágrima de tristeza.
Límpida e cristalina.
Negra feito um segredo.
O segredo.

22 de set. de 2008

Poem, no less!

I'd like to change the path
That keeps me seated still,
With tears my eyes they fill
Without pity to take my breath

I'll try to move from here
'Cause this's the time and place
To get the light back on my face
And remember how shiny my eyes were

I can see me elsewhere
Taking the love I'm supposed to get
From someone who doesn't know yet
That feelings are meant to be pure.

Now that I'm here
I can see how hard it was
Time flew as it always does
And put me a smile of a guy who dares
(or cares)

And in the end...
(as They say)
These lines I'm glad to lend
(if I may)
..the love you take
Is equal to the love you make

Setembro

"Tantos anos" de experiência com o Campeonato Brasileiro de pontos corridos me dão a claríssima impressão de Palmeiras campeão.
É pura matemática mesclada ao preparo físico.
Existem duas 'rampas' no Campeonato Brasileiro. Uma descendente, em Agosto, e outra ascendente, em Setembro.
Qual é o segredo? Saber lidar com as duas!
São os meses que separam homens de meninos.
Time que quer ser campeão, como o São Paulo, não pode se deixar escorregar tanto em Agosto!
Time que almeja a taça, como o Grêmio, não pode perder o embalo em Setembro.
Os gaúchos estão há seis jogos sem vitória!
Como foram os cariocas do Botafogo, em 2007.
Ou os colorados em 2006.
Ou os colorados em 2005.
Ou os tricolores paulistas em 2004!

Alguns dizem: "É a janela!"
Sim, mas a janela está aberta para todos! O vento entra, bate e pode derrubar.
Não derrubou o Palmeiras, que será campeão.
***
Não é necessariamente um problema ver um grande rival levantando a taça.
Mas tem um cara lá que, para mim, é intragável!
É o que se esconde atrás de Armanis, piscadelas e malandragens!

Ah, "bom Malandro"!
Se fosse só competência e não falta de ética...
Se fosse só visão de jogo e não dissimulações...
Se fosse só nó tático e não beijinho na mão da bandeirinha...

Se fosse só, eu aplaudiria.
Mas nessas circunstâncias, eu tenho é vontade de vomitar!

Pra diminuir a ânsia, me apego à imagem do capitão Marcos, um cara que só merece aplausos e mais quatrocentos jogos na carreira!

E, por último, me espanta a curiosa seqüência iniciada em 2004.
O Campeonato Brasileiro é um feudo paulista!
Santos, Corinthians, São Paulo, São Paulo e...veremos!

19 de set. de 2008

Psiu? Psiquê?

Aquilo que era.
Não sou.
Era?
Era eu?
Aqui tentando decifrar
O quê e quem...
Tempo que passa,
Que não ganha.
Que não ganho.
Não deixei de ser,
Mas ainda não o sou.
Pleno...
Vou lá.
Desencobrir
Desacobertar
Desescurificar.

Linhas minhas. Só minhas.

Abraço

Aquilo que faltou
De alguém que não deixou
Libertar o que sentiu
Algo que já morreu
Que agora é só meu
E um dia enfim deixei
Amor que só sofreu
De um sonho que caiu
Bateu e acordou
Pra vida que esta aí

Não quero mais cair
Por quem me apaixonei
Daquilo que faltou
Do abraço que não deu

16 de set. de 2008

mim



Isto não é uma conversa

- Olha lá! O cara tá vivo.
-Pois é! Tá vivo e vivendo. É possível ver o brilho dos olhos...
-...é...crescendo.
-E ele não tá triste. Ou tá?
-Tá não...olha por esse ângulo.
-Hum. É.
-É o que?
-Mas ta chorando!
-Tá sim. E daí.
-Daí nada. Acho que ele tá saindo.
-Daonde?
-Daí, oras!
-Daqui?
-Não, tonto! Daí...
-Ah...daqui...saquei...hahaha...boa!
-Dãhn!
-Mas ele quer sair?
-E eu sei!? Se tá saindo é porque tá querendo...
-Ah...mas ás vezes é falta de opção...
-E cê acha que prum cara desses vai faltar opção?
-Ás vezes...
-É nada...o cara sabe o que tá fazendo. Olha lá...olha lá!
-Vai, velho! Aê! Boa! Cara decidido é outra coisa!
-Vou ficar aqui vendo. Quero ver ele chegar até lá.
-Até lá?
-Não, besta! Ali, ó!
-Dez pau que ele chega!
-Dez?! Aposto vinte, bobão!
-Então tá. Não saio daqui enquanto ele não chegar...
-Nem eu.
-Esconde! Esconde pra ele não ver a gente...
-Saquei...