30 de out. de 2008

Experiência...

Ah, quanta ingenuidade!
E que ingenuidade boa, eu diria!
Lá em setembro, falei, com pesar, que o Palmeiras seria campeão brasileiro.
Ledo engano. Erro crasso!
Não é que meu time é líder? Só perde em número de vitórias para o Grêmio!
Ah, Muricy, quantas vezes você vai resgatar o Tricolor da modorra e levá-lo à glória?
Jogo fora minha pretensa experiência em pontos corridos e passo apenas a torcer.
Torcer muito...

Rumo

Tiro da frente
Aquilo que não importa.
Polui a imaginação
E entorta a visão.
Distrai da verdade,
Confunde o coração.

Fiz curva na vista
Olho claro e consciente
Naquilo lá na frente,
Algo puro e cristalino.
Não é escolha
Nem destino.

É a vida que reserva,
Num abraço que me leva
Pra lá.
Longe daqui da minha mão,
E colado no coração.

29 de out. de 2008

Diós, el Entrenador

El Pibe, Diego Maradona é o novo técnico da Argentina!
Mas já haviam antecipado.

27 de out. de 2008

Sem resposta

Calado, no meu canto
Te deixo sem resposta.
Sem palavras inexatas
Que mal compreenderás...

Não virão de mim
As linhas que espera.
Nem mesmo desculpa sincera
Que atina no coração.

Meu silêncio, já te afirmei,
É meu e de mais ninguém.
Não procure em mim abertura,
Sua presença aqui é só tortura.

Fecho a boca na tristeza,
E dessa vez tenha a certeza,
Não busco em ti outra amiga.
É amor. Ou senão é briga...

Assim ficamos então,
Feridos de paixão do passado,
De amores não cicatrizados,
Ouvindo o silêncio que diz: 'não'

24 de out. de 2008

Crônica de um irmão mais velho

Nunca tive irmão mais novo.
Tenho vários mais velhos, mas sempre me faltou um menor!
Ontem, por essas coisas boas que só o time do coração proporciona, exercitei minha 'mais-velhice'.
Dois grandes amigos meus, irmãos entre si, companheiros de arquibancada, perderam um a companhia do outro.
O mais velho, amigo de longa data, voôu para fora do Brasil e ficará distante por uma temporada. Saudades apertam!
O mais novo, que virou amigo entre tantos e tantos gritos de gol, ficou por aqui com a agradável obrigação de manter a tradição de acompanhar o tricolor nas arquibancadas.
Ele tem doze anos!

Fomos ao jogo. Eu, três amigos, um irmão mais velho e outro "irmão mais novo".
Fiquei lembrando dos meus doze anos como sãopaulino.

É uma tremenda lacuna na minha infância o fato de não ter frequentado o estádio.
Os tempos eram, quem diria, mais perigosos que hoje. Meus irmãos não poderiam arcar com a responsabilidade de cuidar de mim em tempos tão perigosos, dominados pelas violentas torcidas organizadas!
É só ver o quanto o público diminuiu nessa época.
Meu pai também não queria me expor.
A culpa não é deles. Todos são apaixonados pelo calor das arquibancadas!
O jeito foi compensar essa lacuna com uma overdose de futebol desde que conquistei minha independência, aos 17 anos.
Desde então, são mais de 110 partidas num estádio de futebol!

Foi inevitável, ao acompanhar o garoto, me sentir irmão mais velho.
Afinal, fui eu quem o convidou. E ele dificilmente iria ao estádio sem seu irmão de fato acompanhando!
E fomos! Torcemos como sempre, sofremos como de costume, vencemos como por tradição.
A chuva é que foi atípica!
Ficamos eu e o irmão mais novo sem capa de chuva, tiritando os dentes e esperando o gol da virada, da vitória. O gol para pular, gritar e esquentar o corpo!

O gol saiu!
Nosso time luta pelo título!
Jogo terminado, seguimos até o carro debaixo do aguaceiro, que teimava em cair.
Trocando palavras sobre o jogo, sobre o campeonato, sobre a falta que faz o irmão, a falta que faz o amigo!
Garoto esperto!

Não sei dele, mas foi legal demais acompanhar um irmão mais novo no Morumbi!
E, de um jeito ou de outro, pude compensar a lacuna existente nas minhas memórias de infância proporcionando ao garoto a ida ao Morumbi num jogo épico!
Ele e eu temos história pra contar...
Mas sentimos a falta do irmão distante!

Murundu-obi

Essa casa é minha!
Você tentou roubá-la de mim.
Tentou enfeitá-la com suas bandeiras e rituais.
Pisou nela como se fosse sua e quis mudar a língua local.
Mas não! Oh, não!
A casa é minha.
Cada canto com seu conto.
Cada dia uma memória.
E em cada qual, uma, duas, milhões de emoções!
Porque nela me reconheço.
Enxergo-me nos outros.
Me vejo algo novo.
Porque essa casa é minha!
Minha e de outros!
Nunca será sua.
Nem que pise, grite, pule feito louco.
Essa casa é meu coração.
Para o qual você não tem chave.

22 de out. de 2008

Ode ao Brasileirão em números

56, 55, 55, 53, 52

8 x 3=24

2,1,4,5,5 --- 8...7...6...5...4...3...2...1---> 3?,2?,5?,6?,6?

?

Moças minhas

Sempre haverá enfim
De tanto querê-las pra mim
Minhas moças sempre lindas
De paixões nunca findas

Essas mil e uma qu'eu amo
Jamais saberão ou sim
O quanto de amor eu dei
Por tanto que as quis pra mim

Se são minhas ou
De outros, prefiro
Não ver pra crer. Contanto que
Não esqueça, por um dia
Ou outra hora,
Que a dor que vai embora
Traz consigo outra delas.

Essas moças moças minhas
Com meu carinho beijo abraço
Que faço e desfaço amar
Não saberão ou não
Tanto amor desse coração.

Defeito

Do carinho que machuca
De um beijo que incomoda
Do abraço que repele
Dos olhares que só cegam
Das palavras que confundem
Do silêncio que é gritante
De amores sem sentido
Meus defeitos que (lhe) convêm...

19 de out. de 2008

Decisão

Inescapável!
Gosto desses dias. Aprendi a admirá-los com o tempo!
Frio na barriga, lembranças, projeções...
Ou vai ou racha!
Vai, Tricolor!

Invasão

Pensamento invasivo que enche o saco e chega sem noção ou aviso.
Pensamento invasivo que quero evadir daqui do coração.
Que não sabe o que querer.
Que escorre sem saber...

15 de out. de 2008

Flores e gentilezas

Engraçada a brincadeira que torcedores do palmeiras fizeram ontem no CT do São Paulo.
Lá pelas 17h, um entregador de flores apareceu na porta do CT com uma encomenda de rosas endereçada à assessoria do São Paulo.
Uma pena que o diretor tricolor Leco não tenha sabido responder à altura.
Irritado, ele deve ter cumprido o objetivo inicial da torcida palmeirense ao fazer a provocação.
Se fosse eu, teria respondido com a mesma moeda.
Fino e discreto.
Mas o futebol, como disse Muricy, está chato e birrento!
Cheio de melindres e pimentas!

Minha resposta seria esta, não é, fregueses:

14 de out. de 2008

Divã ou Mesa Cirúrgica

Olhe bem pra mim
Mexa em tudo o que quiser
Abra minha cabeça
E antes que se esqueça
Mude tudo de lugar

Ponha o coração nos olhos
Dê às tripas pulsação
Pro meu cérebro digerir

Enquanto sou todo ouvidos
Daqui não sairei
Sem pernas pés braços mãos
E da boca que olvidei

Fora as costas, fora a bunda
Já não sinto que não sento
E nem se sou corcunda

Sou só alma e sentimento
De mim perdi noção
Sem memória sem moral
Já não verso sem pulmão
Fiz lavagem cerebral

13 de out. de 2008

Tempero - 2

Certa vez, quando estava na quinta série, o São Paulo perdeu para o Palmeiras por 2 a 1.
Acho que foi no Palestra e, se não me engano, o gol do São Paulo foi de bicicleta do Aristizábal.
Tenho certeza que peguei birra do Palmeiras no dia seguinte, quando fiquei ouvindo de um grande amigo: "É dois a um....É dois a um....é dois a um!"
Foram vinte e cinco minutos ininterruptos ouvindo o placar sendo repetido. E o pior é que estávamos os dois numa partida de futebol. Talvez até no mesmo time!
Ainda somos amigos e hoje nos provocamos menos, mas para mim, tudo começou ali...

12 de out. de 2008

Ah, Mengo!

Recorde de público, necessidade de vencer para voltar ao G4, moral depois da vitória nos Aflitos...
Deu Galo 3 a 1!
Vai custar caro...
São Paulo agradece.

11 de out. de 2008

Cartola 100

Singela homenagem ao sambista e poeta Cartola, que completaria cem anos hoje!
Não há samba de melhor qualidade!

10 de out. de 2008

Tempero

Admito, o grande rival da minha vida não é o Corinthians.
É o Palmeiras!
Comecei a gostar de futebol numa época descendente do São Paulo. Época de vacas magras, como familiarmente defino o período 94-2004 do Tricolor.
Mais do que isso, cresci ao lado de amigos palmeirenses, que não perdoavam a freguesia do São Paulo para o Palmeiras.
Inesquecível o dia em que, surpreso, recebi a notícia de que meu São Paulo havia goleado o Palmeiras e iria disputar o título paulista de 97 com o Corinthians. Perdemos no final, mas até onde minha memória vai, aquela foi a primeira vez que meu São Paulo havia vencido a equipe do Palestra Itália.
Também me lembro da semifinal do Paulistão 98, quando eliminamos o Verdão no dia do meu aniversário! Denílson, hoje no Palmeiras, deu um show em cima de Júnior, hoje no São Paulo.

E foram tantas as vezes que vesti outras cores contra o Palmeiras!
Até 99, apesar das duas semifinais estaduais, me considerei um freguês do Palmeiras e achava que aquele tempo jamais passaria. Mas futebol é como a vida!

E ano vai, ano vem, lembro de vitórias clássicas e derrotas esquecíveis.
Menciono a Libertadores de 2005, marcante para qualquer Sãopaulino, e os famosos chapéus do Alex, na primeira fase do Rio-SP de 2002 (mais tarde, no mesmo torneio, eliminamos o Verdão).

Este ano, fomos eliminados do Paulistão e ainda guardamos na garganta a goleada por 4 a 1 no Domingo de páscoa.
No primeiro turno, no Morumbi, São Paulo 2 a 1.
Veremos o que acontecerá na próxima rodada, no Palestra Itália.
Será jogo de parar a cidade!

A seguir, vídeos dos jogos mencionados.
E continuarei postando outros vídeos para refrescar a memória até Domingo, dia 19!
A narração do Silvério é, sem dúvida, espetacular!

Palmeiras 0 x 1 São Paulo - Palestra Itália - Libertadores 2005


São Paulo 2 x 4 Palmeiras - Morumbi - Rio-SP 2002

8 de out. de 2008

Tijolo com tijolo

À procura de algo sólido...

6 de out. de 2008

Ponto Final

Pra você não faço mais poesia
Decici acabar com a hipocrisia
De alimentar uma vontade que não sacia
De viver de amor que só ilusões cria

Pra dizer que você não é mais minha
Coloco aqui uma última estrofe
Um último suspiro do coração que já não sofre
E por você não desenha mais uma linha.

5 de out. de 2008

Rodada de Gigantes!

Sobre a rodada de ontem, acho que foi a mais divertida que já acompanhei em seis anos de pontos corridos!
Não necessariamente pelos confrontos, já que apenas Grêmio x Botafogo era 'mais robusto' que os outros, Náutico x Flamengo, Ipatinga x São Paulo, Palmeiras x Atlético-MG e Cruzeiro x Sport.
O interessante foi que não houve confronto direto entre as equipes que lideram.
E todas venceram!
Além do jogo do meu tricolor, assisti à partida do Santos e zapeei entre Inter x Coxa e Vasco e Figueira. Ou seja, acompanhei com bastante atenção praticamente todos os jogos! E todos tinham seu tempero específico!

Sobre os cinco da ponta, acho que a vitória mais significativa foi a do Flamengo nos Aflitos.
Caio Júnior não conseguia esconder o sorriso do rosto depois do jogo, ainda no gramado.
Pudera, o Mengo tem três partidas seguidas no Maracanã, sendo a segunda contra o Vasco, que luta contra a segunda!
Ainda não mudei minha perspectiva sobre o final do campeonato (como se fosse pressuposto que vou mudar!), mas enxergo o Flamengo como uma equipe realmente dentro da briga. Mais que todas as outras.
Vai dar dores de cabeça ao Palmeiras!

O Cruzeiro tem tudo para ganhar os próximos dois jogos, contra os conterrâneos no Mineirão.

O São Paulo precisar provar algumas coisas. Náutico no Morumbi é coluna um seco! Não se pode considerar outra coisa.
Depois vem o clássico que define o campeonato. Ou não!
A questão é que, se vencer o Palmeiras no Palestra Itália, o Tricolor terá moral de sobra para alcançar o hexa.
Se perder, é certo, mais certo ainda, de que o Verdão chegará ao título.
O empate será mais um sorriso no rosto de Caio Júnior.

O Grêmio está vivo. Setembro passou.

O Palmeiras, favorito, depende da competência com a qual disputará os confrontos diretos. Tem o Flamengo fora de casa na antepenúltima rodada.

Uma coisa é certa: vai sair faísca!

4 de out. de 2008

São Paulo x Flamengo - Supercopa 1993

Assisti a este vídeo ontem!
É simplesmente espetacular. O resultado final nem importa, dada a grandeza das partidas!
Um pouco de nostalgia não faz mal a ninguém!


Fichas Técnicas:
17/11/93 Flamengo 2x2 São Paulo - Maracanã
Flamengo: Gilmar, Charles Guerreiro, Júnior Baiano, Rogério e Marcos Adriano; Fabinho, Marquinhos, Casagrande (Gélson) e Nélio; Marcelinho e Renato Gaúcho (Piá). T: Júnior
São Paulo: Zetti, Cafu, Válber, Ronaldo e André Luiz; Doriva, Toninho Cerezo (Valdeir), Leonardo e Dinho; Müller e Palhinha (Juninho) T: Telê Santana
Juiz: Márcio Rezende de Freitas
Gols: Leonardo (15'), Marquinhos (33'), Marquinhos (46') e Juninho (86')

24/11/93 São Paulo 2x2 Flamengo (5 x 4) - Morumbi - 65.355 Pagantes
Flamengo: Gilmar, Charles Guerreiro, Gélson, Rogério e Marcos Adriano; Fabinho, Marquinhos, Marcelinho e Nélio; Renato Gaúcho (Éder Lopes) e Casagrande (Magno). T: Júnior
São Paulo: Zetti, Cafu, Válber, Ronaldo e André Luiz; Doriva, Toninho Cerezo (Juninho), Leonardo e Dinho; Müller e Palhinha (Guilherme) T: Telê Santana
Juiz: Renato Marsiglia
Gols: Renato Gaúcho (9'), Leonardo (61'), Juninho (79') e Marquinhos (81').

2 de out. de 2008

Museu do Futebol

Queria ser alvi-negro ou rubro-negro,

Lusitano ou palestrino.

Quis ser celestial, colorado e tricolor!

Sonhei sorrir feito Leônidas, pedalar como Robinho e vice-versa.

Dei socos no ar, apontei o dedo ao céu e falei que era 'o cara'.

Chorei maracanazzo e Sarriá.

Marquei Mané e Canhoteiro.

Falhei...

Vesti a 10 da Marta.

Assinei Nélson Rodrigues no jornal.

Quis ser a mão de Deus, o pé do anjo, a barriga do gaúcho.

Fui mestre e fui divino.

Galinho e Rei.

Sou peladeiro, boleiro e até juiz.

Queria ser o Maracanã! A geral do Maracanã!

Quis ser negro.

Quis ser branco.

Goleiro e ponta-esquerda.

Quis ser a Jules Rimet!

Adorei ser brasileiro!

Ontem, eu fui bola!

Fui ao Museu do Futebol!

Fuga

Queria fugir de mim
Sair correndo por aí
Deitar o passado no caminho
Largando dores e amores
Queria esquecer quem sou
Porque hoje só sou ao seu lado
Um alguém inexistente
Choro e riso sem alma
Queria largar esse peso
Me perder em rota alternativa
Num vazio de outro coração
No calor de outro ninguém
Queria perder meus versos
Virar-me do avesso
Desconhecer-me no espelho
Olvidar meu reflexo

Amanhã

Para que o hoje, que já é amanhã, não fique sem um post, versos:

Amanhã é dia de lembrar
Amanhã é dia de esquecer
Dos gritos que um dia brandi
Do aperto que me acometeu

O dia que surgirá
Trará consigo coisas outras
Que não raiva e sofrimento
Que sim fanatismo e paixão

O dia que vier
Será para viver
Eterno grito de gol

Dia de amor eterno
Que não se perde.
Nem derrota.