31 de dez. de 2008

O ano de amanhã

O ano de amanhã é de um querer imaginário. Um falso desejo a ser realizado.
O amanhã a chegar e sua absurda inevitabilidade revela um saudoso ontem a se despedir. Um infinito de pé a se deitar longe do alcance do olhar.
Mas o ano de amanhã é o verdadeiro desejo consumado na esteira do ontem. Tão querido em esperanças que logo se converterá em feitos de feitios memoráveis.
O ontem é choro até a última gota. Cansada e inesgotável. Insportável até o fim raiar. Este ontem, tão eterno em plenitude, ficará como marca indesejada e bem quista.
E o amanhã, novo como papel em branco, inevitável e inconsequente em juventude, já carrega em si uma grisalha felicidade.

23 de dez. de 2008

Já aí

Ei
Você aí,
Tão certa de si:
Um dia vais cair.
E se acontecer a ti,
Não esconda lágrimas a sair,
Nem mude o rosto pra sorrir
Ou fingir.
Saberás, de certo, que enfim
Tens coração e começou a sentir.

20 de dez. de 2008

John

Oposto.
Contrário ao que estava posto.
Montou sua banda quando bandas estavam por fora.
Pediu socorro a alguém quando milhões queriam segurar sua mão.
Sentiu-se perdedor ganhando dinheiro e arrebatando corações.
John estava mal quando dizia-se que estava bem.
Muito mal.
Até o dia em que ficou bem.
Encontrou-se em outro coração.
Perdeu-se em sua musa, sua heroína.
Travou batalhas contra seu melhor amigo
quando pedia a Paz.
Morreu quando todos o queriam
Vivo.

Watching the wheels
People say Im crazy doing what Im doing
Well they give me all kinds of warnings to save me from ruin
When I say that Im o.k. well they look at me kind of strange
Surely youre not happy now you no longer play the game

People say Im lazy dreaming my life away
Well they give me all kinds of advice designed to enlighten me
When I tell them that Im doing fine watching shadows on the wall
Dont you miss the big time boy youre no longer on the ball

Im just sitting here watching the wheels go round and round
I really love to watch them roll
No longer riding on the merry-go-round
I just had to let it go

Ah, people asking questions lost in confusion
Well I tell them theres no problem, only solutions
Well they shake their heads and they look at me as if Ive lost my mind
I tell them theres no hurry
Im just sitting here doing time

Im just sitting here watching the wheels go round and round
I really love to watch them roll
No longer riding on the merry-go-round
I just had to let it go
I just had to let it go
I just had to let it go

leve

Leve leve leve...
Será que você não existe mais?
Ou será que meu coração é grande
Demais para seu tamanho?
Se tivesse que escolher, ficaria com a
Segunda opção...
Leve leve...

18 de dez. de 2008

questão

O que querem de mim?
Mais respostas?
Mais perguntas?
Ou que apenas diga 'sim'?

O que querem do filho?
Um rumo a tomar?
Umas porradas a levar?
Ou apenas um sorriso?

O que querem do irmão?
Mais idade,
menos vaidade,
Ou que apenas diga 'não'?

O que querem do amigo?
Companhia,
Competição,
Ou só compreensão?

O que querem do namorado?
Certeza?
Decisão?
Ou só o que é preciso?

O que quero de mim
Não é dos outros.
Não sou inocente
Nem culpado.
Perdido em tal
Questão
E nem por isso
Preocupado...

"Apertou, toca no Júnior"

Dizem que o brasileiro não tem memória.
Eu tenho! Garanto.
Lembro de ver o Júnior deixando a zaga corinthiana maluca nas semifinais da Libertadores de 99!
Ele e o parceiro Alex infernizando a defesa arqui-rival!
E lembro do Casão comentando: "Galvão, é Júnior e Alex contra rapa", na linguagem boleira.

Me recordo também da passagem pela seleção do Felipão.
Qual palmeirense ou sãopaulino não se lembra, com orgulho, que Júnior foi o melhor em campo nos 5 a 2 contra a Costa Rica?
Deu assistência e até guardou um gol na vitoriosa campanha do Penta, quando era reserva de um igualmente vencedor Roberto Carlos!
Não esqueço, também, da minha indignação ao ver a ausência do lateral na convocação da Copa de 2006. Ele ainda estava em plena forma! Campeão do Mundo com o São Paulo, seis meses antes!

Experiente, Júnior liderou o São Paulo na campanha da Libertadores de 2005!
Atingiu a marca pessoal de dois títulos e dois vice-campeonatos do certame internacional.
Honrou todas as camisas que vestiu. Foi campeão com todas elas!
Com a bola nos pés, foi garçom! E serviu craques como Luizão, Amoroso, Evair...
Sem ela, era referência em campo. É só perguntar para algum ex-companheiro de time e ele dirá: "Apertou, toca no Júnior".

Júnior está se despedindo do São Paulo depois de 197 partidas, um Campeonato Paulista, três Brasileiros, uma Libertadores e um Mundial.
Some-se a isso mais um Baiano, pelo Vitória, outros Paulista, Copa do Brasil e Libertadores, pelo Palmeiras, e a Copa do Mundo, pela Seleção.

O lateral deve voltar a vestir a camisa do Vitória, que o revelou para o futebol.
Depois, vai realizar o sonho de conquistar tudo mesmo.
Para Júnior ainda falta o intermunicipal na Bahia.

Há três anos, o TRI


Mundial é para poucos!
Não falo isso com tom arrogante. Falo como alguém que sabe muito bem o valor desse título!
Cada detalhe ainda está na memória. Cada jogada, cada passe, o gol do Mineiro.
Ah...o gol do Mineiro! Um quadro do Salvador Dalí sendo pintado diante dos meus olhos, em tempo real!
Surreal!
Fora o fato de assistir rodeado de amigos, num lugar que carrega as melhores e as piores memórias que tenho do futebol!
Tão antitético que chega a ser paradoxal!
Depois do título, um futebolzinho inesquecível entre amigos!
A pelada mais leve que joguei na vida!
Ficava repetindo para mim mesmo: "Campeão do Mundo...Campeão do Mundo..."
Sem palavras!

17 de dez. de 2008

Pequena

Várias linhas,
Tantos versos,
Letras de amor
Em tom disperso
São apenas ficção.
Nem verdade
Ou mentira,
Ato falho,
Brincadeira.
Palavras perdidas
De falso peso
E real medida.

16 de dez. de 2008

Ringo

Baterista.
Surrava os pratos,
ditava o ritmo.
Não batia em ninguém,
nem mandava no pedaço.
Alheio a brigas e birras,
deu todas as chances
à paz.
Viveu rindo, o Ringo!
Só precisou de amor e
um pouco de ajuda
dos amigos.
Sabe-se que é
Feliz...

I'm the greatest
When I was a little boy
Way back home in Liverpool,
My mama told me . . . I was great
Then when I was a teenager,
I knew that I had got something going,
All my friends told me . . . I was great
And now I'm a man
A woman took me by the hand
And you know what she told me . . . I was great
I was in the greatest show on earth,
For what it was worth,
Now I'm only thirty-two,
And all I wanna do, is boogaloo.
I looked in the mirror,
I saw my wife and kids,
And you know what they told
me . . . I was great.
Yes, my name is Billy Shears,
You know it has been for so many years,
Now I'm only thirty-two;
And all I wanna do, is boogaloo.
I'm the greatest, and you
better believe it baby.

14 de dez. de 2008

Intenso

Intenso vivo
Intenso é meu coração
E você não viu!

Intenso é meu amor
E você nunca
Sentiu.

Intenso é o que penso,
falo e faço por você
Fiz por você.

Intenso é o que
De mim desconheces.
Do que nunca vai saber

Viciado em ti, viciado por tri

Mais um final de semana sem você e acho que fico louco!


13 de dez. de 2008

Ronaldo

Eis o que disse sobre o Fenômeno no começo do ano, em 15 de fevereiro!
E não mudo palavra sequer:

Força Ronaldo

Que tristeza!
Como se meu time do coração tivesse perdido um campeonato!
Mais um ídolo ferido!
Outro que me desperta os melhores sentimentos pelo meu país.
Pior do que ver Ronaldo jogando mal, é ver Ronaldo não jogando!
Mesmo sabendo de todas as dificuldades que envolvem uma recuperação de uma cirurgia dessas, minha opinião permanece a mesma desde 2002.
Ronaldo pode sim voltar a jogar.
E pode sim, jogar como o craque que foi!
Basta querer.

Aí a história é outra.
Depois da Copa em que Ronaldo foi mais do que herói, o Fenômeno caiu.
A ida para o Real Madrid galático. A triste saída de Felipão da Seleção. A vinda de Parreira. A superexposição na mídia, com casamento em castelo e tatuagem no pulso...
Tudo até a Copa da Alemanha!
Trágico.
A última bela cena que tenho de Ronaldo é dele com o cabelo cascão correndo com os braços e sorriso abertos, os olhos brilhando de felicidade, quase não acreditando em seu próprio renascimento.
Uma tremenda epopéia!

Mas a vida nos traz esses infortúnios.
Ás vezes, por puro azar.
Noutras, por escolhas que fizemos no passado.
Ronaldo não é atleta desde a temporada 2004, quando foi artilheiro do Espanhol.

Mas Ronaldo sabe, melhor do que ninguém, que tem controle de sua própria vida.
Superação é seu segundo nome.
Não por acaso ele sempre será um fenômeno!

Sonho com um dia igual aquele 30 de Junho de 2002!
Força Ronaldo!

12 de dez. de 2008

Rendo-me...

Confesso a dificuldade de postar numa semana dessas!
Muita leveza pra tanto peso.
Muito tempo para pouca idade.
Muitos pensamentos prum fim de ano...

9 de dez. de 2008

Sei


Sei porque vi
Vi porque fui
Fui porque senti
Senti por ter
Coração.
E isso basta!

8 de dez. de 2008

"Aqui tem trabalho"

Foi com essas palavras que Muricy apresentou suas credenciais de treinador no São Paulo.
Depois do clássico contra o Corinthians, pelo Paulistão de 95, quando o time de Muricy, substituindo Telê, levou a maior goleada aplicada pelos alvinegros na história do confronto.
Um 5 a 0 que deixou a cabeça de Muricy inchada.
Na entrevista coletiva, pressionado, Muricy proferiu a frase, se defendendo e defendendo o trabalho de sua comissão técnica.

A torcida tricolor até o conhecia. Tanto como jogador, campeão paulista de 1975 e brasileiro de 1977, como na função de técnico, comandando o expressinho vencedor da Conmebol de 1994.
Mas só naquele dia Muricy apresentava suas cartas.
Até então ele vinha atuando sob o olhar atento de seu Mestre, Telê Santana.
Foi em 1995 que Muricy se viu realizando um sonho. Ser treinador do São Paulo.
A maneira com a qual Muricy assumiu o banco Tricolor não foi das mais felizes, quando Telê sofreu uma isquemia cerebral que o tirou do mundo do futebol.
Infeliz também foi sua saída do clube.
Muricy foi demitido. Obrigado a deixar o clube de seu coração. Enorme coração.
Aquilo doeu. O técnico jurou voltar para finalizar o 'trabalho'

Muricy, brasileiro, rodou o Brasil!
Passou por Guarani, Ituano, Botafogo de Ribeirão, Santa Cruz, Náutico, Figueirense, Internacional, São Caetano...
Nunca colheu desafetos!
Sempre deixou suas marcas por onde passou. Marca de um homem trabalhador. Sério. Sem rodeios!
Pergunte a um torcedor do Náutico, clube onde Muricy é conselheiro vitalício.
Ou a um torcedor do Internacional, resgatado inicialmente por Muricy.
Até o São Caetano deve seu único título de série A a Muricy!

Depois de uma passagem marcante pelo Internacional, quando conseguiu o vice-campeonato nacional e o prêmio de melhor técnico do Brasileirão 2005, Muricy se firmou entre os grandes treinadores do país.
Mas faltava algo.
Muricy sabia que tinha coisas a realizar.
O São Paulo era o objetivo. Ainda mais porque ele já havia recusado um convite quando Leão deixou vago o assento no banco.
Mesmo sem saber das chances de assumir o comando do São Paulo, Muricy decidiu não renovar o contrato com o Internacional. Dizia que precisava descansar e dar mais atenção à família.
Foi quando Paulo Autuori, campeão do Mundo, anunciou em 30 de Dezembro de 2005 que deixaria o São Paulo.
Juvenal Juvêncio, ainda diretor de futebol, não pensou duas vezes.
Nem Muricy.
Chegava o dia de realizar a primeira parte do sonho.

Logo na primeira entrevista, outra frase para a história: "Estou com fome de títulos!"
"Esses jogadores ganharam tudo esse ano, mas eu não vou dar moleza não, porque eu estou com fome!"
E o ano começou bem!
Muricy venceu todos os clássicos do Paulistão, algo que virou marca nessa nova passagem! Entre eles um épico nó tático no Santos de Luxemburgo, no Morumbi, quando uma vitória santista lhes daria o título. 3 a 1, fora o baile...
Alguns tropeços contra times menores, porém, deixou o São Paulo na segunda posição.
Mas na Libertadores o Tricolor continuava empolgando. Em busca do Tetra/Bi.
Guerreiro, o Tricolor encontrava sua cara no mata-mata.
Tirou o Palmeiras mais uma vez da briga.
Sofreu bastante, mas acabou por eliminar o Estudiantes nos penais.
Humilhou o Chivas no México e no Morumbi.

A difícil derrota para o Internacional na final da Libertadores colocou em Muricy outra obsessão.
Libertadores! Ser campeão como o 'Seu Telê', como o Mestre!

Mas mais difícil ainda foi resgatar uma equipe de verdadeiros campeões daquela ressaca moral.
Exigente, o sãopaulino queria título!
E Muricy ainda não tinha saciado sua fome!
O confronto contra o próprio Internacional, no Morumbi, com vitória tricolor por 2 a 0 marcou o começo da arrancada para o primeiro título nacional do São Paulo em após 15 anos!
Cansado e feliz, Muricy comemorou com a torcida!

O ano seguinte carregava uma exigência: título da Libertadores!
Mas o time oscilou muito! A perda de Mineiro, Fabão e Danilo foram determinantes para a demora de Muricy em acertar o time.
No Paulistão, um verdadeiro vexame contra o São Caetano em pleno Morumbi. 4 a 1.
E na Libertadores, outro gaúcho, o Grêmio, entrou na frente.
A eliminação ás vésperas do início do Brasileirão foi traumática.
A imprensa previa a queda de Muricy e anunciava uma intervenção do presidente Juvenal no time que enfrentaria o Goiás no jogo de abertura num vazio e melancólico Morumbi.
E novamente o Tricolor oscilou no começo. Um empate em casa com o Atlético Mineiro deixou Muricy por um fio. Um fio de telefone.
Diretores cochichavam nos vestiário e o nome de Abel Braga corria nos ouvidos de quem estivesse por lá. Até parte da torcida entoava o coro de "burro".
Foi o suficiente para Muricy telefonar para Juvêncio:
-Presidente, se quiserem que eu saia, eu saio. Mas quero ouvir de você!
-Muricy, sou eu quem manda e você fica.
-Tá OK, então!
Nada que dificultasse, porém, o bicampeonato nacional com quatro rodadas de antecipação!
O regime presidencialista garantia o Penta Tricolor!
Penta único!
E Muricy, dessa vez, conquistava o coração do sãopaulino.
A combinação "Olê olê, Telê Telê" e "É Muricy" fortalecia o técnico frente aos exigentes cardeais tricolores.

E 2008 veio.
Veio cheio de erros da diretoria. Uma mudança nas diretrizes de contratação trouxe três garotos-problema.
Um esquentado Fábio Santos, com o aval de Muricy, um problemático Carlos Alberto, a pedido de Marco Aurélio Cunha, e um desacreditado Adriano, sob olhar atento de Juvenal.
Muricy perdeu duas de suas principais referências no meio-campo. O eficiente e experiente Souza e o guerreiro Leandro.
Além dessas, a seleção tratou de 'estragar' o volante fabricado por Muricy, Richarlyson. Dunga tentou transformá-lo em lateral. Em vão.
Entre confrontos com a diretoria, que não admitia os próprios erros, e o receio do novo time do Palmeiras sob a grife Luxe, o Tricolor deixou escapar o insosso, porém apimentado, campeonato paulista.
E em mais um trauma diante de rival brasileiro, o São Paulo foi eliminado da Libertadores no último minuto contra o Fluminense, no Maracanã.
Era demais para a diretoria. Ou parte dela.
A torcida já sabia o que fazer. Ou parte dela.
Enquanto os mesmos cardeais insinuavam a queda do técnico, a pequena torcida continuava indo ao Morumbi para gritar "É Muricy" à espera de uma boa apresentação.
Demorou, mas veio!
Não é preciso descrever a arrancada Tricolor.
Está escrito na História!

E Muricy grava definitivamente seu nome na memória do sãopaulino.
Obssessivo, Muricy vai descansar nas férias. Mas pensando em trabalho!
Pensando em Libertadores!
Repetindo a célebre frase que o tornou Tricampeão brasileiro:
"Aqui tem trabalho"

7 de dez. de 2008

Eu e o Mestri

TRI


41 jogos em 2006, 2007 e 2008
Sou TRI!

Dia de aproveitar o dia...

Para aquele sãopaulino ansioso,
Para aquele pessimista,
Pro fanático otimista,
Aos corneteiros de plantão,
Pra quem vai ao Morumbi,
Pra quem não pode sequer ver,
Pros que cantam e pulam sem parar,
Pros velhos
E novos,
Incrédulos,
Nervosos:

É dia de curtir!
Não apostava no meu time há dois meses. Hoje não tenho nada a perder e tudo a ganhar!
Fases vitoriosas como esta que nos dura desde 2005 não são permanentes!
Gastar belos dias como esse em ansiedades e nervosismos é desperdício!
É dia de vestir a camisa, botar a bandeira na janela e sentir-se feliz!

5 de dez. de 2008

Profecia...

Na primeira rodada do campeonato, vi o Grêmio vencer o São Paulo em pleno Morumbi.
Um jogo ruim do São Paulo, que estava concentrado para o confronto contra o Nacional, pelas oitavas da Libertadores.
Ao sair do estádio, irritado com a comemoração da torcida do Grêmio, proferi a seguinte frase, descontados os prováveis palavrões:
"Vamos ver, então, quem é que vai terminar na frente de quem!"

Não sei porque, mas lembrei disso só hoje...

George

George foi o irmão mais novo.
Deslumbrado, viveu à sombra de gênios.
Imberbe, ingênuo.
Extremamente capaz, se julgava menor.
Menos.
Mas tentou. Tentou sempre.
Várias vezes.
Observou. Calado.
Só sentindo.
Ouvindo.
Fundiu a cuca em linhas próprias.
Tortas elas.
Até quando não se dobrou mais.
Viu para si um nascer do sol.
Descobriu-se em vários.
Pessoas, lugares, acordes.
Percebeu-se único!


All things must pass
Sunrise doesnt last all morning
A cloudburst doesnt last all day
Seems my love is up and has left you with no warning
Its not always going to be this grey

All things must pass
All things must pass away

Sunset doesnt last all evening
A mind can blow those clouds away
After all this, my love is up and must be leaving
Its not always going to be this grey

All things must pass
All things must pass away
All things must pass
None of lifes strings can last
So, I must be on my way
And face another day

Now the darkness only stays the night-time
In the morning it will fade away
Daylight is good at arriving at the right time
Its not always going to be this grey

All things must pass
All things must pass away
All things must pass
All things must pass away

3 de dez. de 2008

Beatles. Como a vida...

Lá se foram dias e dias, páginas e páginas, algumas lágrimas.
Terminei a biografia dos Beatles, de Bob Spitz (Larousse, 982 págs.). Um ano lendo em doses homeopáticas, esperando maturar, aproveitando cada fase da banda, cada acorde, cada letra nova.
Gênios!
Mortais. Lendas.
Cheios de medos e defeitos. Mesmo nos momentos de auge da banda.
Alguns integrantes, e eu não conto quais, viveram seus piores anos de vida pessoal como membros do quarteto.
É surpreendente e emocionante perceber a imensidão humana em figuras como John, Paul, George e Ringo. Um sem número de situações vívidas vividas. Oportunidades jogadas fora. Demonstrações de união e amizade. Ciúmes e mesquinharias.
Dez anos convivendo lado a lado, muitos destes vivendo no olho do furacão que eles próprios alimentaram com a Beatlemania.
Descobertas em grupo. Vivências pessoais. Experiências. Histórias para contar.
Até o rompimento.
Rompimento físico. Nenhum dos quatro, acredito, queria acordar daquele sonho, como definiu um ácido Lennon, em 1970.
Sonho que não acabou.
A prova está aqui. Alguém que não chegou a dividir este mundo com o próprio Lennon, mas que é completamente apaixonado pelo maravilhoso legado dos quatro rapazes de Liverpool.
Vidas amargas.
Vidas doces.
Quanta identificação!
Paul nos sussurrou palavras de sabedoria para uma vida toda: Let it be...

Paul

Paul se perdeu.
Perdeu sua paixão e sua música mostra isso.
Perdeu seu norte, que era os rapazes do norte e suas músicas de mais ao norte.
E note o quanto ele reservou de sua infância e adolescência para os quatro. Os milhões de fãs.
Paul perdeu os gritos e a mania. Sucumbiu por manias próprias. Mania de grandeza, de querer controlar.
Perdeu o controle e seu duelo pessoal. Seu melhor amigo. Maior inimigo. Companheiro.
Morreu de ciúmes.
Viveu no desgosto.
Viveu solo.
E versou sozinho sobre a solidão.

Ever present past
I've got too much on my plate
Don't have no time to be a decent lover
I hope it isn't too late
Searching for the time that has gone so fast
The time that I thought would last
My Ever Present Past

I've got too much on my mind
I think of everything to be discovered
I hope there's something to find
Searching for the time that has gone so fast
The time that I thought would last
My Ever Present Past

The things I think I did
I do, I think I did
The things I think I did
When I was a kid

I couldn't understand a word that they were saying
But still I hung around and took it all in
I wouldn't join in with the games that they were playing
It went by, it went by, in a flash
It flew by, it flew by, in a flash

There's far too much on my plate
Don't have no time to be a decent lover
I hope it's never too late
Searching for the time that has gone so fast
The time that I thought would last
My Ever Present Past

The things I think I did
I do, I think I did
The things I think I did
When I was a kid

The things I think I did
I do, I think I did
The things I think I did
When I was a kid, when I was a kid

?

Deveria te esquecer
Mas
A cada passo pra frente
Meio amor me acompanha
Metade das memórias
Vêm atrás
O dobro do tempo
Me leva pra tirá-la
Do peito da pele fina
E absorvo o desgosto
De não tê-la pra mim
Será?
Será que sempre?
Não vai parar?
Mergulho em dúvida
Me afogo em pranto
E pronto! Mais alguns
Passos. Passo...

2 de dez. de 2008

Má notícia do Planalto...

Para quem pensava em pegar estrada até Brasília e ver o jogo que pode definir o campeão brasileiro de 2008, esqueça.
Compre cervejas, peça uma pizza (combina com Brasília!) e ligue a televisão no Domingo!
Quatrocentos reais é mais dinheiro do que gastei para ir em todos os 21 jogos deste ano!
Estas e outras coisas você só vê aqui, no país do futebol!
Abaixo, vídeo esclarecedor: