19 de ago. de 2009

O capitão voltou...

Rogério Ceni volta a campo hoje à noite depois de quatro meses longe do gol.
É sempre bom contar com o maior jogador da história do São Paulo, mas sua ausência mostrou aspectos muito positivos para o futuro do São Paulo como time e como clube.

O aspecto positivo a curto prazo mais importante foi o surgimento de novos líderes dentro de campo. E liderança não é algo que simplesmente se exerce. É importante haver espaço e tempo para que essa característica desponte em uma pessoa.
Claro que os jogadores sempre estiveram em campo e conhecem o São Paulo há, pelo menos, dois anos, mas André Dias, Jorge Wagner e Hernanes finalmente tiveram o espaço necessário para exercerem liderança em um grupo acostumado a ter Ceni como referência.
Foi difícil, foi forçado, mas hoje é possível ver o amadurecimento dessas três figuras sãopaulinas.
André Dias, na minha opinião, tem perfil para ser capitão da Seleção. Experiente, tranquilo e um zagueiraço!

Outro ponto positivo foi a mudança de rumos que o clube tomou sem ter participação de Rogério.
Sabemos do peso que o capitão tem nos bastidores. A opinião de um jogador com mais de 18 anos de casa conta muito.
Rogério é amigo pessoal de Muricy e deve a ele muito de seu desenvolvimento como goleiro, mas isso ficou de lado na hora da decisão ser tomada (ainda acho a demissão um erro, mas sem a interferência de Rogério, talvez a escolha pelo novo técnico tenha sido muito acertada).
Mais do que isso, Rogério ficou de fora em um momento difícil no primeiro semestre.
Houve um claro rompimento na linha do tempo tricolor após a eliminação da Libertadores.
Estamos em outra Era no São Paulo. O que sei é que a Era passada tinha Ceni como figura máxima.
Se for para dar um palpite, esta que iniciamos agora não será de Rogério.

No longo prazo, uso a metáfora Dênis para apontar outro ponto positivo das 'férias' do camisa 01.
Há anos os tricolores se perguntam quem será o substituto de Rogério.
Sabíamos que Roger, mais velho, não iria herdar o trono. E houve tantos que não demonstraram personalidade na posição: Márcio, Alencar (cruzes!), Matheus (esse até pegou pênalti, mas continua como reserva)
Bosco, o paredão, é sãopaulino fanático e aparentemente será nosso goleiro até colocar os burros na sombra em definitivo, mas não simboliza uma nova geração.
Achamos Dênis. Jovem, discreto e com enorme potencial...
Já tivemos a oportunidade de ver Rogério sendo substituído em uma longa sequência.
É possível jogar, e jogar muito bem, sem o capitão debaixo das traves e como referência em campo.
Mais do que a saída de Rogério como goleiro, o que nos preocupava era a saída da instituição Rogério Ceni. Essa figura que não mais se descola da simbologia sãopaulina.
Descobrimos que há vida sem Rogério!

16 de ago. de 2009

Richarlyson, o divisor de águas

Entre um grito omitido e uma ofensa sexista proferidos pela torcida mais hipócrita do Brasil, Richarlyson vai dividindo em duas as torcidas do São Paulo.
Aos poucos, os verdadeiros torcedores do São Paulo estão aparecendo e ocupando o espaço que nunca deveria ter chegado às mãos da torcida independente.
Richarlyson é um depurador da torcida tricolor!
Mais do que um grupo de pessoas que acompanha fervorosamente um time, a torcida do São Paulo se tornará um agrupamento de seres humanos de verdade. Pessoas de caráter.
Falta 'só' o São Paulo se posicionar firmemente contra esse lixo de pessoas que se dizem torcedores!
Quarta-feira é o dia em que o Morumbi voltará às mãos dos verdadeiros torcedores do São Paulo!
Já vi esse filme no ano passado...

14 de ago. de 2009

Na total incapacidade de versar, sou obrigado a prosear.
Ando à procura daquele tal amor perfeito...
Não...não estou procurando de verdade. É só modo de falar...
Queria 'só' entender significado tão concreto para algo tão indefinível, impalpável.
A poesia, tão recorrente meses atrás escasseou. Sinal de novos tempos e é preciso ir com a maré!
Aquela poesia foi bastante importante para clarear algumas dúvidas. Para escurecer também!
Hoje veio a dúvida e mesmo tentando, fui incapaz de escrever um verso sequer.
Talvez por que não esteja encontrando amor nas poesias. E talvez porque não encontro poesia no amor.
Amor perfeito deve ser carregado de ilusão, não?
Coisa de cinema. E provavelmente dura como um filme de Hollywood.
Tem seus altos e baixos. Cúmplices e vilões. Sustos e risos.
Mas termina!
Tenho pensado, cada dia mais, que amores perfeitos são aqueles repletos de defeitos. (eis aí um resquício poético)
Aceitação das falhas de lado a lado. Preenchimento de fendas e feridas de um para o outro.
E é um desafio fazer isso no mundo de hoje. E nem falo de amor que casa, que namora ou que transa. Falo de amor pura e simplesmente.
Difícil pra cacete aceitar-nos. Quanto mais aceitar os outros!
Lembro de uma frase, meio batida até, que diz que 'amigo é aquele que sabe tudo a seu respeito e ainda assim é teu amigo'!
Bonita, né?
Não tem troço que entre no meio de um amor verdadeiro. Esse, sim, perfeito!
Não se sabe nem onde começa um e termina o outro. Aliás, nem são dois amores, são o mesmo!
Mas enfim...só um registro da dúvida...
Engraçado é que mesmo o amor próprio, quando falso, faz com que a pessoa, de tão auto-amada, seja incapaz de ver e aceitar os próprios defeitos.
E o mundo de hoje é tão umbiguista, tão perfeccionista, que acaba prejudicando o relacionamento entre indivíduos...

7 de ago. de 2009

Amor

Amor que
Existe
Insiste
Resiste
Subsiste
Desiste.
Amor que
Vem
Que vai,
Que se
Esvai
Retrai
que trai
Subtrai
Amor que
Forma
Disforma,
Reforma
Conforma
Amor que
pelo sim
pelo não
sem fim
sem perdão
sem condição...
sem cor
com dor.
Amor que se vive