23 de nov. de 2011

ninguém

ninguém.
ninguém vem.
ninguém vem e
você sabe bem
sabe que a luta
não cessa
que a vida
não pára
que a solução
não se apressa.

10 de ago. de 2011

Dança

Dorme em mim
No peito, velado,
Um choro rasgado
Um querer sem fim

Mexe aqui
Uma corda afinada,
'inda que calada
Estalo em si

E então eu entro,
Profundo, no centro,
Procuro, enfrento
Rebento lá dentro,
Provoco o sair

Já ali na saída,
Reconheço a vida,
Pra lá de sentida,
Que bate e convida,
À dança cair

E eu danço e tento,
Improviso, invento,
Um passo no espaço,
Um samba a brandir