10 de ago. de 2011

Dança

Dorme em mim
No peito, velado,
Um choro rasgado
Um querer sem fim

Mexe aqui
Uma corda afinada,
'inda que calada
Estalo em si

E então eu entro,
Profundo, no centro,
Procuro, enfrento
Rebento lá dentro,
Provoco o sair

Já ali na saída,
Reconheço a vida,
Pra lá de sentida,
Que bate e convida,
À dança cair

E eu danço e tento,
Improviso, invento,
Um passo no espaço,
Um samba a brandir