20 de jul. de 2013

e de repente, oniricamente, reconciliação.
com o passado, projeção de futuro:
emoção com a construção no horizonte
tão própria,
deixar lá o que lá cabe, lá coube, sem que se ressinta. re-sinta.
e se lá, sei lá porquê, não houve valor,
hoje há.

e também reconciliação com o conflito, explosão medida e precisa,
oposição e ocupação.
como se não se devesse nada a ninguém
e não se deve
e o se deve e o não se deve nunca mais.

12 de jul. de 2013

aquele

que nasce em oposição
que traz contradição
que tenta amor em vão
que ergue à destruição
que cresce na contramão
que busca uma posição
que tem diapasão
que acerca a construção
que gera revolução
que gere conflagração
que vive na solidão
que pensa sim no não
que abafa a opinião
que vela a solução

5 de jul. de 2013

revolução

Com o que se faz revolução?
Pergunto.

É na explosão juvenil, desmesurada, inconsequente, irresponsável?
É no tempo do já, da mudança imediata, do ontem que não era e agora é? Do futuro não planejado?
É pelo anseio do coração, irreflexivo, instintivo, pulsante?

Ou seria na paciência digna da vida adulta, calculada, ponderada, assumida?
No compasso da espera, do grão-em-grão nos bulbos da ampulheta, do Tempo corrido entre causa e consequência?
Pelas rédeas da cabeça, planejamento, cronograma?