23 de jan. de 2013

Crivo

O homem e seu crivo
Procede em seu tribunal de causa própria
Causas impróprias
Julga improcedentes as causas alheias
Calças alheias que não se presta a vestir
E em seu soberbo púlpito de crivo infalível
Crava o veredicto
Crava o pé no chão sem ter os pés no chão
Bate o martelo - e a cabeça - na fria e limpa madeira à frente. Até que fure...
Não confronta porque, determina minando, tudo é afronta
Despe o nu, veste a toga
Apronta
E ao final, afinal, pena em punho
Firme afirma a sina alheia
Sem ver que a sina é própria e
imprópria
Definha em seu fim de
julgar