5 de nov. de 2013

aqui

Gosto de escrever aqui.
Gosto do registro do tempo. Do tempo passando.
E do tempo não passando.
Mudando e nunca mudando.
Gosto das reflexões e dos reflexos. E das consequências. E das causas.
Me perco nas entrelinhas da memória e também das entrelinhas que, do nada, se criam e recriam a cada leitura.
O registro que prova (pra quem, exatamente?) como é improvável a condição humana.
De uma vida, pouco ou nada se pode cravar. É tudo pegada na areia.
Tudo duna.
Tem coisas escondidas aqui, entre postagens e rascunhos, que nem sabia, nem sei e nem saberei que existem. Pra isso tudo, Freud explica bastante, mesmo que numa compreensão fenomenológica.
Há dores e amores. Ás vezes feridas que viram troféus e, outras vezes, troféus que viram feridas. E eu nem lambo...tanto. Só um pouquinho, porque, como num livro, também lambemos dedos ao virarmos páginas.
Gosto daqui porque reconheço tantas vezes. E não mudaria nada, porque de duas, uma: ou a coisa não muda nem por um diabo. Ou a coisa muda por si só. Duna mesmo!