Passei correndo por aqui e te achei com a cara errada.
Não vê que há dezenas de pulgas rondando sua orelha?
Por quê é que você não coça e nem franze a sobrancelha?
Eu no seu lugar já entrava em desespero!
Chutava pro alto o balde, faria um salseiro!
Por quê, raios, você não muda de feição?
Posando feito louco essa face de campeão!
Dá-me nos nervos ver-te cego à beira do abismo,
Tão calmo, paciente ao invés de estar confuso!
Eu em teu lugar já entrava em parafuso!
Insanidade a sua pensar que a rapadura é mole!
O segredo da existência é meter-lhe à face o cinismo,
Posto que se resume a vida a quantos sapos se engole!