7 de mai. de 2008

A festa

Não deve ser fácil ser o dono da festa!
Mil coisas e outras dez para se preocupar...
Primeiro, escolher o local da festa.
Depois, pensar nos convidados, enviar convites, confirmar presenças e ausências e, com base nisso, calcular o quanto de cada tudo será suficiente para agradar.
Serviço de manobrista, equipamento de som, banda, DJ, comidas e bebidas, garçons e cozinheiros, serviço de limpeza, pista de dança, segurança, banheiros...
Antes da festa, imagino, o dono só pensa em agradar. E em ser agradável.

Festa iniciada, deve ser uma correria!
Receber convidados e oferecer conforto.
Nos bastidores, lidar com pepinos. Resolver o problema de uma caixa de som, que tem mal contato, dar ordem aos garçons para que as taças não fiquem vazias, indicar ao pessoal da limpeza que uma privada entupiu, dar bronca em manobrista que riscou o carro do convidado, pedir para o DJ abaixar o som por causa do PSIU, pedir para aumentar, porque convidados estão reclamando...
Além disso, o dono da festa tem que se preocupar em encontrar atendimento médico para aquele convidado que excedeu na bebida. Deve impedir a briga entre dois marmanjos porque um paquerou a namorada de outro. Precisa encontrar assentos melhores para um grupo de senhoras, insatisfeitas com a mesa oferecida. Procura acalmar um gordão que dança esbarrando em todo mundo. Ouve reclamações e pede desculpas...
Se começa a chover, tem que dar graças a Deus por ser precavido e pensar no toldo antes da festa.

Se a festa foi um sucesso, gosta dos elogios, mas coloca-se no objetivo de fazer outras ainda melhores.
E haja responsabilidade!
O número de convidados aumenta. A infra-estrutura tem que melhorar. Os problemas surgem com mais facilidade e são resolvidos com mais dificuldade. As reclamações também aumentam.
Os elogios idem.

Mas imagino que um dia o dono da festa se cansa de tudo.
Porque apesar de todo o sucesso e da reconhecida competência em organizar baladas, ele passou a desgostar. Deixou de aproveitar suas próprias festas e passou a desejar ser apenas um convidado.
Egoísta e ensimesmado, resolve abandonar o ramo e passa a ser mero convidado da festa de outros...

Um comentário:

Anônimo disse...

Pena que o sao paulo nao é mais dono da festa né mellinho!?!
da-lhe palestra!!!!
que venha o brasileiro!!