26 de jan. de 2009

Um Teto para meu País - Brasil - Parte 2


Duas semanas sem postar palavras.
Tempo insuficiente, diria, para digerir.
Mas talvez uma vida toda seja igualmente insuficiente.
Falar do Teto (como já chamo carinhosamente) e do trabalho desenvolvido é extremamente difícil.
Trabalho que envolve uma boa dose de emoção com o mesmo tanto de razão. Puta clichê! Mas é verdade.

Não é possível que pessoas vivam em condições tão degradantes quanto as que vi em seis dias de trabalho na favela! Não é possível! O que deu errado no mundo? No homem?
Ao mesmo tempo, irônica e paradoxalmente, existem, feito rosas num deserto, pessoas fantásticas vivendo nesse ambiente.
Não que eu duvidasse disso, mas nem vendo eu creio!
Em algum lugar existe bom humor, esperança.
Uma fé legítima!

Ontem eu retornei à favela.
Depois de uma semana que se opôs, em quase tudo, ao que vivi naqueles seis dias de construção.
Foi bom.
Pessoalmente, dá muito orgulho olhar praquela casinha e pensar "tá vendo aquele teto, moço? fui eu que construí".
Olhando em volta, pra família que recebeu a casa, pros vizinhos que ajudaram, percebi mudanças para melhor. Na convivência entre os vizinhos, no cuidado com o entorno da casa.
Tudo muito sutil. Como o próprio comportamento humano.

Enfim...está difícil para escrever. Até porque a prosa tem sido mais difícil que a poesia, ultimamente.
Segue o link para o post de Dezembro de 2007.

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