29 de ago. de 2006

Algumas homenagens e menções honrosas

Sobre Rogério Ceni, não preciso falar mais nada. Apenas acrescento ao 'post' do dia 27 de Julho que Rogério é o maior goleiro-artilheiro da história do futebol.

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Sobre Rafael Sóbis:
Triste ver um craque como Sóbis ir embora tão cedo.
Triste ver um atacante tão promissor deixar os gramados brasileiros sem chegar no auge de sua carreira.
Triste vê-lo jogar em um clube de médio porte como o Real Bétis (que não tem nada de realeza).
Sóbis merecia mais. Merecia ser campeão do Mundo com a camisa que o revelou como craque que é. O Internacional merecia mais.
Um jogador que não se intimidou com um Pacaembu lotado de corinthianos e fez um dos mais belos gols do Brasileirão 05.
Que não se intimidou com o tamanho do Campeão do Mundo e calou 70 mil tricolores em pleno Morumbi.
Queria vê-lo por pelo menos mais uma temporada aqui no Brasil.
Uma pena.

Meu irmão, outro fanático por futebol, apelidou Sóbis de andróide. Tamanha a frieza do craque para marcar seus gols. E cada golaço!
Ele nunca abre um sorriso.

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Sobre Lugano:
Tudo o que escrevi sobre a venda de Sóbis, se encaixa com a de Lugano!
Lugano deveria ter ido para um clube muito maior que o Fenerbahçe.
Mas poderia ter ficado mais uma temporada com o time que cresceu tanto sob comando do xerife.
Lugano foi, por três anos, a alma do time do São Paulo!
Como disse uma vez, Juca Kfouri, ao ver um daqueles manequins de loja com a camisa do São Paulo vestida, é o Lugano que imaginamos ver.
Lugano foi responsável direto pelo fim do "amarelão tricolor".

Uma historinha que me contaram:
Num jogo do Campeonato Brasileiro em 04, o São Paulo fazia o terceiro jogo em menos de duas semanas contra o temível Santos, que três dias antes, com o time reserva, eliminara o tricolor da Sul-americana.
Numa jogada pelo alto, em que Lugano protegia a bola que vinha na direção de Rogério, o craque Robinho dividiu (com o cotovelo) com o uruguaio e cabeceou a bola que encobriu Rogério e passou rente a trave.
Lugano, que não é bobo, falou alto para o camisa 7 santista: -Robinho, não usa o cotovelo porque eu também sei usar!
Deivid, companheiro de Robinho, ouviu e respondeu rápido: - Fica tranquilo, Lugano, fica tranquilo. Robinho, não faz mais isso!

O Santos foi campeão naquele ano, mas o São Paulo ganhou, por 1 a 0, com uma das mais belas atuações de sua defesa. E contra o forte ataque do Santos.

E outra, que ninguém me contou:
Na chegada do time Tricampeão do Mundo, fui ao Palácio dos Bandeirantes que, por muita sorte minha, ficou aberto por dez minutos para entrada do público! Cerca de 200 pessoas acompanharam de perto a homenagem do Governador ao time que parou a cidade de São Paulo naquele 20 de Dezembro de 05. Eu era uma delas!
Depois de longa espera atrás de um fraco cordão de isolamento, chegaram os heróis. Um por um eles foram passando na nossa frente (nem meio metro de distância). Amoroso, Rogério, Mineiro, Alex e...Lugano!
Meu primo gritou seu nome e Lugano prontamente atendeu com um aperto de mão. (diz meu primo que o zagueiro esmagou sua mão)
Começaram as homenagens e o cordão de isolamento já não existia! Eu fui para trás do palanque montado e fiquei a um metro de Lugano. Só que esse 'um metro' continha umas cinco pessoas.
Lugano estava com a Taça na mão.
Eu e outros começamos a gritar: "Lugano! A taça! A taça!"
Ele esticou o braço com uma forcinha característica de suas divididas e abriu espaço para que todos pudessem encostar na Taça.
Eu encostei, Lugano! Eu encostei!

Lu-ga-no! Lu-ga-no! Lu-ga-no!

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito bom esse post também.
Eu me lembro quando o Raí saiu do São Paulo, ele já não era um garoto, precisava fazer o maldito "pé-de-meia" que os jogadores tanto sonham em fazer. Ele recebeu uma boa proposta de um timeco espanhol, o Albacete. Mas não quis, decidiu que iria pra uma cidade grande, culta, e esperou até que surgiu o PSG. Uma década antes, o Zico, um dos maiores jogadores de todos os tempos, tinha ido pra Udinese. Foi muito bem, tirou um time de uma nota 2 pra uma nota 6, mas é muito triste pensar no rei do Maracanã, o camisa 10 da Gávea, sendo cercado de pernas-de-pau na pouquíssimo tradicional Udine. Acabou voltando para o Brasil, quando poderia ter sido um Zidane num time grande.
Se o elenco não ajudar, isso pode acontecer com o Sobis também. O Sobis é jogador pra Copa do Mundo. Ele pode acabar vagando por times B da Europa, e não conseguir completar seu desenvolvimento.
Por causa do nosso subdesenvolvimento.