O ano de amanhã é de um querer imaginário. Um falso desejo a ser realizado.
O amanhã a chegar e sua absurda inevitabilidade revela um saudoso ontem a se despedir. Um infinito de pé a se deitar longe do alcance do olhar.
Mas o ano de amanhã é o verdadeiro desejo consumado na esteira do ontem. Tão querido em esperanças que logo se converterá em feitos de feitios memoráveis.
O ontem é choro até a última gota. Cansada e inesgotável. Insportável até o fim raiar. Este ontem, tão eterno em plenitude, ficará como marca indesejada e bem quista.
E o amanhã, novo como papel em branco, inevitável e inconsequente em juventude, já carrega em si uma grisalha felicidade.
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