3 de jul. de 2006

Eu não chorei, Parreira

A primeira coisa que disse assim que o árbitro decretou o fim do vexame brasileiro diante da França regida pelo Maestro Zidane foi a seguinte: "Não derramo uma lágrima para essa seleção! Uma seleção que não me fez derramar lágrimas de alegria não me fará derramar lágrimas de tristeza."
Foi assim. Sem empolgação! A Seleção não empolgou em momento algum. Claro que perdi a voz quando o Brasil fez seus gols. Mas perdi a voz pelos jogadores. Individualmente. E não pelo time. Essa seleção era cada um na sua. Não houve cumplicidade. Posso afirmar que os únicos jogadores que saem dessa Copa com fortes laços de amizade são Dida, Lúcio e Juan. Houve cumplicidade entre esses três. Houve bom futebol apenas desses três.
O resto, mesmo alguns jogando bem, esteve sozinho.
Foi uma vergonha ver Parreira apático, sentado no banco, com cara de cão sem dono. Foi exatamente essa cara que ele passou para a equipe.
Kaká se viu numa situação desesperadora. Ele jogou mal contra a França. Mas era de se esperar. Ele estava física e psicológicamente isolado em campo.
Não houve calor humano. Aonde está a Família Felipão?
Mudou-se para Portugal. Dizem que vive muito bem por lá. Estão felizes e satisfeitos.
E aqui o nosso bando vestido de amarelo. Amarelo feito o sorriso de Cafu ao chegar em São Paulo. Feito o rosto de Roberto Carlos durante toda a Copa. Copa em que atuou, o Sr. R. Carlos.
E como é sintomática a atitude dessa seleção ao se despedir da Alemanha. Alguns sairam pela porta da frente. Outros pela porta dos fundos. Alguns indo para Madri, outros para Barcelona, outros para São Paulo. Nem na derrota esse elenco mostrou união. Foi literalmente cada um para um lado.
É triste. Mas não me faz chorar.
E ainda tenho tanto a escrever. Um 'post' só não bastará.
Parreira: Você disse que era obrigação o Brasil conquistar o hexa. E nós brasileiros já estamos cansados em nos ver descumprindo com as obrigações.
Lamentável.

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