13 de abr. de 2007

Avaliação - Estado de SP

Ano passado eu coloquei, logo no começo da temporada 06, uma avaliação de cada clube e as perspectivas para o ano que começava.
Não sei se fiz certo daquela vez.
É mais fácil avaliar com algum tempo de futebol jogado e de bola rolando.
A projeção fica mais correta e não corremos o risco de subestimar um ou superestimar outro.
Eis o que penso:

São Paulo - Não mudou nem um pouco a maneira de ser desde 2005.
Os jogadores mudaram muito. O esquema mudou muito. O técnico mudou duas vezes.
A torcida se acostumou com os títulos e o tricolor passou a ser modelo e "time a ser batido".
Mas o que quero dizer com "não mudou nem um pouco a maneira de ser..."?
Quero dizer que o São Paulo percorre o caminho sem percalços. Vai indo.
Sem se empolgar ou ficar nervoso.
Pode até ter jogadores inexperientes, como Hugo, Ilsinho, Hernanes e Alex Silva, mas quem tem cancha é o clube e a comissão técnica. E isso faz muita diferença!
Acredito que o São Paulo ainda tenha esse diferencial em relação ao Santos, que apresenta o melhor futebol dentre os brasileiros.
Ainda assim, a diferença entre os dois é basicamente essa: um tem títulos recentes e sabe os caminhos o outro não.
Pode ser questão de tempo para ambos se nivelarem até nesse quesito, mas acho que em termos de futebol jogado, o São Paulo tem um enorme potencial em relação ao que tem apresentado.
E vai jogar melhor. Pode apostar.

Santos - É o que está aí! Na cara de todos.
Um time típico do Luxa.
Cheio de jogadores médios que, não se sabe como, apresentam futebol acima da média.
Casos de Tabata, Rodrigo Souto, Antônio Carlos e Fábio Costa.
Acontece é que este time tem Zé Roberto. Que puxa todos para cima e faz com que o time jogue um futebol redondo.
Além disso, existe a tranquilidade externa e um planejamento com a marca Vanderlei Luxemburgo.
Marcelo Teixeira é o presidente que todo corinthiano gostaria.
Centralizador, apaziguador e fanático pelo clube. Tão fanático que investe do próprio bolso para ver o alvinegro praiano jogando bom futebol. Além de se cercar de pessoas que entendem de futebol e de entender como funciona o esporte nos bastidores.
A ida de Zé Roberto não foi uma mera ótima contratação para o Santos. Foi um craque a menos vestindo a camisa do São Paulo. E Teixeira sabia disso. Sabia que se permitisse que Zé vestisse a camisa tricolor, a diferença entre o campeão brasileiro e o resto aumentaria muito!
Como num jogo de 6 pontos!
Ainda acho, porém, que este Santos tem algumas coisas a provar. Justamente porque Luxa ainda tem algo a provar!
Mas é bom ver um time jogando bom futebol!

Palmeiras - Deu passo gigantesco no sentido da mudança.
Rotacionou o poder e eliminou um câncer chamado Mustafá!
A partir daí, o Verdão passou a ter, em menos de 6 meses, uma imagem mais profissional e mais séria.
É mais importante ver o externo agora. E a mudança de perfil é nítida!
Os projetos como o Onda Verde, a paz selada entre time e torcida, um estádio bonito e organizado e, principalmente, o enorme desejo de resgatar a honra que se foi com o fim da Era Parmalat.
No futebol, a contratação de um técnico promissor e um projeto semelhante ao que foi implantado no São Paulo de Cuca. Além disso, um elenco que pode sonhar. Apesar dos recentes tropeços no Paulistão e na Copa do Brasil.
O caminho a ser percorrido é longo, mas o rumo é certo.
É só o começo de um círculo virtuoso.
Dá muito trabalho e requer muita paciência, e o Verdão mostra ambas as virtudes!

Corinthians - Como numa espiral, o Timão vai girando sobre a mesma órbita, só que em queda livre.
O caos político, somados à vaidade dos que não querem sair e a sede de poder dos que querem entrar, leva o time, invariavelmente, ao colapso.
Faça um exercício de memória e tente lembrar todos os 'dirigentes' que você já viu ou ouviu falando em nome do Corinthians nos últimos dois anos e meio!
A lista é interminável:

Kia Joorabchian
Alberto Dualib
Nesi Curi
Roque Citadini
Edvar Simões
Ilton José da Costa
Flávio Adauto
Renato Duprat
Andres Sanches
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Pois é! Não existe poder.
O poder é de todos e de ninguém!
Desse jeito, não há como acertar o time dentro de campo.
E foram 7 (sete) técnicos demitidos só na Era MSI! Aliás, o que é MSI? Quem é MSI?
Ninguém sabe! Jamais soube! Nem o presidente do clube.
O dinheiro é escasso e o mercado começa a se restringir para o Timão.
Exemplo disso é a 'lista' dos técnicos possíveis. Ter Carpegiani, que não é técnico de time de ponta há mais de 5 anos, mostra que não é o mercado que está com poucas opções, mas é o Corinthians que já não atrai ninguém. É uma tremenda fria!
A solução: $$$
Os maiores salários para técnicos no Brasil nos últimos dois anos foram oferecidos pelo clube com menos dinheiro em caixa. Aliás, não há mesmo dinheiro em caixa.
Nem caixa há!

2 comentários:

Anônimo disse...

Paulo Angioni!!!

Gostei da retomada do blog!

Continue!

Abraço,

Fê.

Anônimo disse...

Paulo Angioni, era justamente o que eu não lembrava!
E, como Duprat e Ilton da Costa, não é corinthiano!