Finalmente acabou mais uma edição daquilo que é uma das melhores representações da podridão da sociedade moderna.
Ou melhor, da podridão da sociedade brasileira.
Que de moderna não tem nada! Muito pelo contrário...andamos no sentido contrário! E de mãos dadas com os americanos!
A total inversão de valores.
Graças à sei lá quem, não fui capaz de assistir um minuto sequer desse programa que prega uma "enorme fraternidade" entre pessoas que não buscam nada além de (muito) dinheiro fácil e 15 minutos de fama.
Começando pela total desimportância que reside no fato de uma dúzia de infelizes estarem confinados numa casa, perdemos nossa capacidade de discernir entre o que há de importante e o que é imprestável.
O país atolado em problemas que vão desde a área econômica até a área social.
Fome, violência, crise aérea, corrupção, falta de educação...
Mas não...a maior emissora do país se presta a mostrar o que não presta!
A colocar na frente de uma população que (con)vive diariamente com todos aqueles problemas, uma utopia. A vender um produto falso. Uma idéia falsa. Carregada de (des)valores.
É até difícil escrever, organizar as idéias, de tão idiota que o programa é.
Dar um milhão de reais pra um cara que nada fez a não ser respirar e ser quem ele é (ou não, pois pode ter encenado) e justificar isso porque ele foi "um bom jogador"!
É o cúmulo!
Bom jogador é aquele que acorda de madrugada, pega 4 conduções, trabalha o dia todo para alimentar uma família com a qual provavelmente não convive, pois passa mais tempo no trabalho que em casa!
Bom jogador é aquele que encara a violência urbana, que encara a poluição urbana, que encara o trânsito e ainda assim, continua lutando pela vida.
Bom jogador é aquele que não recebe oportunidade nenhuma na vida e se mantém honesto.
Bom jogador é aquele que sofre discriminação, que sofre com a superlotação do sistema penitenciário (ainda que esteja cumprindo pena), que sofre de fome, de falta de amor, de falta de carinho, de falta de fraternidade.
Um milhão pra todos estes!
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