24 de out. de 2008

Murundu-obi

Essa casa é minha!
Você tentou roubá-la de mim.
Tentou enfeitá-la com suas bandeiras e rituais.
Pisou nela como se fosse sua e quis mudar a língua local.
Mas não! Oh, não!
A casa é minha.
Cada canto com seu conto.
Cada dia uma memória.
E em cada qual, uma, duas, milhões de emoções!
Porque nela me reconheço.
Enxergo-me nos outros.
Me vejo algo novo.
Porque essa casa é minha!
Minha e de outros!
Nunca será sua.
Nem que pise, grite, pule feito louco.
Essa casa é meu coração.
Para o qual você não tem chave.

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