12 de nov. de 2008

Não eu

Cadê minha identidade?
Minha cara que separa
Aquele tanto de mentira
Do pouquinho de verdade?

Aonde foi que parou
A impressão digital?
A tal marca do que sou
E que não sou, afinal?

Sem mudar de assunto,
Curioso, me pergunto:
Qual é a aparência
Da minha imagem-referência?

Deixo barba, cresço cabelo,
Ganho peso, troco roupa,
Não (re)conheço o que vejo.

Angustiado, releio-me inteiro.
Não me enxergo em três cores,
onze amigos, dois amores...

Me perco num espelho
A mirar o desconhecido,
Um famoso indigente
De trejeito parecido.

2 comentários:

Anônimo disse...

não esquece de falar para sua mãe que ela tem uma fã!

Beijo Beijo!!

Anônimo disse...

Animal!!

Abs,
Digas