5 de nov. de 2008

Vivendo o sonho...

Por volta de cinquenta anos atrás, uma negra chamada Rosa Parks recusou-se a se retirar do assento de um ônibus que segregava negros a uma área reservada nos fundos do veículo.
Rosa Parks, cansada, queria apenas o mesmo direito de permanecer sentada, já que os "assentos negros" estavam todos ocupados.

Pouco tempo mais tarde, um sonhador chamado Martin Luther King vislumbrou um mundo em que crianças, negras e brancas, não importa, convivessem juntos sem que a quantidade de melanina em suas peles fosse determinante para a posição deles na sociedade.

Hoje, dia 5 de Novembro de 2008, os Estados Unidos elegeram Barack Obama, seu primeiro presidente negro da história.
O 44º da tradicional democracia norte-americana.

Mais do que isso, o que deve ser celebrado é a possibilidade de derrubar o racismo, ainda presente em todos os cantos do planeta. Os Estados Unidos, por sua posição central no cenário internacional, estão enviando uma mensagem importante para além de suas fronteiras.

Mais do que o término de uma administração enraizada na idade média, preocupada em encher os bolsos com dólares sujos de sangue e petróleo, o que deve ser comemorado é a capacidade de renovação e reciclagem da democracia norte-americana.
Mais uma vez, os Estados Unidos são pioneiros, vanguardistas.

O dia é histórico porque renova, faz renascer no mundo uma esperança por algo melhor que um país mergulhado em guerras e crises econômicas.
Foi apenas uma eleição de um presidente de um país em questão, se olharmos no macro. Mas representa esperança, essa palavra que costuma trazer consigo trabalho, vontade, força. Mas também frustração, surpresa, caso o trabalho não seja feito.

Se antes o meu desejo e de muitos era que os Estados Unidos "tirassem férias" do mundo e desaparecessem por uns tempos, agora o que se espera é o renascimento de um país carismático, com um povo que tem características tão admiráveis quanto qualquer outro.

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